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ALV42

Alvor, excerto 42

LocationAlvor (Portimão, Faro)
SubjectO terreno; configuração e constituição
Informant(s) Ápio Apúlio
SurveyALEPG
Survey year1977
Interviewer(s)José Sobral Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

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INQ1 Aquela parte da terra que fica assim escorregadia

INF1 A lama? A gente chama lama ou nateiro, [pausa] quando chove.

INF2 É um nateiro. Quando chove faz um nateiro.

INF1 Nateiro. E o nateiro vai a lama.

INQ1 Pois. Olhe e, às vezes, assim, em terra, a gente, cai a, cai a água e fica um? Muita lama fica um?

INF2 Um lameiro.

INF1 Um lameiro, pois, ou um atoleiro. A gente chama aqui um atoleiro.

INF2 Ou um atoleiro. A gente chama-se aqui um atoleiro, que atola.

INF1 Um atoleiro.

INQ1 Pois. Olhe e nas lagoas e às ve-, , um bocado de terra suja e um bocado de plantas agarradas. Diz-se que é o? Que às vezes a gente até põe o e pode-se afundar.

INF1 Ah, o solveiro. [pausa] O solveiro. A gente chama o solveiro. Que às vezes lama muito fofa, muito frouxa e a gente chama um solveiro: "Olhe , qua- quase que me solve sorve".

INF2 Aqui na Aqui na [vocalização] na Penina, havia ali [pausa] um solveiro ali, muito grande.

INF1 Um solveiro, pois.

INF2 Era uma fonte

INQ2 Pois.

INF2 [vocalização] e via-se a água nascer A gente jogava uma pedra, [pausa] para o fundo é que ia. Para cima não vinha, porque com a força da água

INF1 Porque tinha o solveiro.

INF2 Para o fundo é que ia, para ci- para baixo não vinha, para cima não vinha. Sim senhora.

INQ2 Pois.

INF2 Diz que caiu dizem, que eu não não conheci , caiu uma vaca nesse sítio e assim que se afundou e nunca mais a viu.

INF1 São solveiros, são solveiros.


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