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CRV69

Vila do Corvo, excerto 69

LocationVila do Corvo (Corvo, Horta)
SubjectA ceifa, a debulha e a desfolhada
Informant(s) Feliciano Felício
SurveyALEPG
Survey year1979
Interviewer(s)João Saramago Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationSandra Pereira Márcia Bolrinha
LemmatizationMárcia Bolrinha

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INQ1 Olhe, a eira era feita de, de quê?

INF1 Antigamente e agora ainda pouco tempo, era terra, terra calcada! Mas [vocalização] agora ele é tudo cimento. E [vocalização] E antes do cimento era com as [vocalização] Chamava-se lages, umas pedras que haviam ali na naquela rocha do rego.

INQ1 Rhum-rhum.

INF1 Acartavam isso para que era A minha também era dessas, aqui ao da casa do Flausino.

INQ1 Pois é.

INF1 Era de- dessas pedras. Mas a maior parte delas eram de terra. Era terra calcada.

INQ1 Como é que ela se acal- Como é que ela ficava assim dura?

INF1 Pois ele era com o gado. Era andar com o gado até até ela endurecer.

INQ1 Antes de debulhar.

INF1 Sim. [vocalização] Era certa certa camada de terra, u- uma terra pesada outra te-, terra [vocalização] Não sei agora o nome da que eu que lhe hei-de dar. Mas era de [pausa] te de barro mau, barro barro pesado.

INF2 Barro.

INQ1 Rhum-rhum.

INF1 Aquilo o gado acalcava aquilo, ela ficava pegada que nunca mais nunca mais [vocalização] amolecia.

INQ1 Ficava rija.

INQ2 Mas todas as vezes tinha que se preparar?

INF1 Não senhora. Ficava para sempre.

INQ2 Para sempre?

INF1 Sim senhora. [pausa] Não digo que ela que não aqui ou ali não não desmoronasse uma coisinha mas pouca coisa.


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