INQ1 Olhe, e eu não sei se há aqui um, um processo também que é ir buscar uma vide, suponho eu, e pôr na terra para ela voltar a crescer ali e pôr do…
INF Isso é [vocalização] … Eu sei como é que é.
INQ1 Sabe como é que é? Não sei se…
INF Chamam-lhe eles… Eu nunca fiz mas há quem faça. Isso não! Ele essa cep- cepa nunca é duradoura. É… [pausa] Ai, como é que se diz: é enxertado à… É enx- enxertado à cadela.
INQ1 À ca-?…
INF A gente aqui chama-lhe enxertado à cadela.
INQ2 Enxertado à cadela?
INF Sim. É [vocalização]: tira-se da, da a vide verga-se da própria cepa,
INQ1 Sim.
INF e vai-se espetar a ponta no chão,
INQ1 Sim.
INF e ela arrebenta naquele ângulo,
INQ1 Exactamente.
INF e depois corta-se com um certo lanço e dali forma-se uma cepa.
INQ1 Pois.
INF Chama a gente enx- [vocalização], bacel- enxerto à cadela.
INQ1 Rhum-rhum. Portanto, aqui não lhe chamam mergulhia ou mergulhar ou mergulhão?
INF É, é. Ou Ou que seja b- borbulha de de mergulho ou mergulha…
INQ1 Sim.
INF [vocalização] Aqui dão assim vários…
INQ1 Mas é mais esse?
INF A gente chama, pois… Até pode ser mais bonito, não é?
INQ2 Não. Mas há dois sempre.
INF Eu, eu fiz… Isso é como lhe digo, eu nunca fiz… Nunca fiz esses enxertos.
INQ1 Pois, pois. Ó João…
INF Porque eu sei que essas cepas…
INQ1 Essa 942, eu não sei muito bem perguntar.
INQ2 Já está. É a vide.
INF Eu sei que essas raças… Eu sei que essas cepas não são duradouras, mais ou menos.
INQ1 É isto é que são as vides? Ah, pois é!
INF Há uns enxertos importantes. Quando a gente tem uma qualidade de uva na vinha, [pausa]
INQ1 Sim.
INF que não interessa, que ela arrelia ou que não ou que não dá regenera,
INQ1 Pois.
INF a gente vai, corta, serra a cepa com uma mão travessa por cima do cavalo – hã? –, o que é o bravo, e na própria cepa depois é que vai fazer outra vez outro enxerto de garfo.
INQ1 Pois.
INF E aquele E pega à mesma. E depois ele depois já vem já vem com a p- com a qualidade que a gente vai enxertar, na própria cepa.
INQ1 Na própria cepa.
INF Dum ano para o outro dá logo uva.