INQ1 Olhe, e onde há rãs, muitas vezes aparecem uns, umas coisas que, que têm assim uma cabeça muito grande e um rabo muito comprido…
INF1 Sapos.
INQ2 Não.
INQ1 Não. Sem… Na água mesmo…
INF2 Peixes-sapos.
INQ1 Que aparecem… Têm assim uma cabeça grande…
INF2 Pois. É 'daonde' se forma as arrãs.
INF1 São peixes-sapos. Isso Isso é vivo é dentro de água. Isso é vivo dentro de água.
INF2 Pois.
INQ1 Pois. Exacto, dentro de água.
INF1 É só em dentro de água, não é em cá por fora.
INQ1 Como é que lhe chama?
INF1 Peixe-sapo.
INQ1 Sim senhor.
INF1 É o que faz gerar as arrãs depois. É daí que se gera as arrãs.
INQ1 Claro.
INQ2 Pois.
INF1 O peixe-sapo é até o que tem uma certa altura. Depois cai-lhe o rabo, começa a ganhar as patinhas, pronto mais nada.
INQ1 Sim senhor.
INQ2 E este?
INQ1 E aquele que parece uma rã mas é maior?
INF1 [vocalização] É um sapo.
INF2 É um sapo.
INF1 É um sapo. [pausa] Olha, é a coisa [vocalização]… É a [vocalização]
INF2 Uma lagarta.
INF1 Não, não é.
INQ1 Não. É assim preta e amarela.
INF1 Pois, é os…
INQ1 E que até dizem que…
INF1 Que a gente encontra-a aí na estrada, às vezes, e coiso.
INF2 Louva-a-deus?
INF1 Não, homem.
INQ1 Não.
INF1 É agora cá uma louva-a-deus e não mexe!
INQ2 Anda, anda. Não voa esta.
INF1 Pois é [vocalização].
INQ1 Anda pelo chão.
INF1 É [vocalização]… São muito nojentas, homem!
INQ1 É.
INF2 Uma lesma?
INF1 Não.
INQ1 Não.
INF2 Uma sam- Uma coisa, uma…
INF1 Sambexuga. Não é sambexuga?
INF2 Não é a sambexuga. É, é… [pausa] É a… Também há na água.
INQ1 Também há na água.
INF1 Também.
INF2 É… Eu sei.
INF1 Estás muito Também estás cá uma esquecida como eu! Pois é. Que às vezes encontram-se aí como mortas na estrada. Louva-a-
INF2 Eu sei. Eu s-. Não me lembra o nome!
INQ1 Salamanti-…
INF2 Hã? Uma saramantiga!
INF1 Não é saramantiga! É uma salamandra, como lhe chamam, vá, é uma salamandra.
INQ1 Mas como é que aqui se chama?
INF2 Uma saramantiga.
INF1 A gente chama-lhe saramantigas às salamandras.
INQ1 Sim senhor.
INF1 Qualquer dos nomes… Qual é, eu não sei.