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MIG18

Ponta Garça, excerto 18

LocationPonta Garça (Vila Franca do Campo, Ponta Delgada)
SubjectErvas, arbustos e flores
Informant(s) Amílcar Amós
SurveyALEPG
Survey year1996
Interviewer(s)Gabriela Vitorino João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

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INF1 Esta é urge. Urze.

INQ1 Esta é que é?

INF1 É. Esta é que é a urze, que é o que se faz umas vassouras, que fazia-se no tempo, que era de varrer as eiras, retelhar as casas Usavam muito essa urze.

INQ1 E esta urze é baixinha ou pode crescer muito alta?

INF1 Ela cria também. Ela, ela cria Não, aquilo não cria muito alta mas também cria. baixinhas, Ela vai crescendo [vocalização]. Agora se ela ficar para muito velha, ela vai fazer um tronco mais grosso e despega uma árvorezinha mais grande maior.

INQ1 Pois. E alguma que seja parecida com esta?

INF1 Nas matas, nesses matos para aí [vocalização] muitas parecidas, não é? Mas essa, essa é a urze. tamujo também que é uma outra erva como as outras.

INF2 Tamujo.

INF1 Tamujo que é Sabes o que é que se fazia as seves do carro que se faziam os tanchães para as seves do carro quando apanhavam o milho? Era com esse tamujo, que dava mesmo uns

INQ1 Ai era?

INQ2 E não havia uma que chamasse rapa?

INF1 Não. Rapa [vocalização]

INQ1 Não ?

INF1 Pode Pode haver esse nome

INQ2 Não, não.

INQ1 Mas ontem o senhor falou em queiroga, que eu ouvi.

INF1 Queiroga não é esta. Não é esta.

INQ1 Mas é parecida?

INF1 É parecido. É parecido a isto.

INQ1 E a queiroga faz-se maior ou f-, ou é mais pequena?

INF1 Também cria. Também cria queiroga assim.

INF2

INQ1 Assim para um metro e mais em volta?

INQ2 Depois folhas?

INF1 Cria. Cria, sim senhor. E se deixam crescer, cria também. [vocalização]

INF2

INQ1 Mas a mais forte é a urze ou a queiroga?

INF1 É [vocalização] a urze. A urze é mais forte. Cria Cria um tronco. Essa é [vocalização] tudo u-, u- umas hastes mais bastinhas que faz e cria A queiroga é sempre assim: ela é muito afolhada. Agora a urze, ele é a tal que cria uma planta maiorzinha, maior.

INQ2 Mas e flor, a queiroga?

INQ3 Porque é que a gente não se

INF1 Tudo Tudo uma flor. Tudo flor.

INQ1 flor? O espigo

INF1 Tudo espiga. Quando chega ao seu tempo, tudo espiga. Tudo Tudo espiga. Tudo .

INQ2 Portanto, esta, em princípio, é que é esta, não é?

INQ1 Não.

INQ2 Não?

INQ1 Eu acho que não.

INQ2 Que é assim arredondada?

INQ1 Eu acho que esta é que é capaz de ser a queiroga.

INF1 Esta, esta eu acho que é

INQ3 Não. O senhor não diz que a mais forte é a urze?

INF1 A urge, a urge é espécie disso assim. Cria uma árvore assim maiorzinha. A urge é rasteira. A, a A queiroga, ela é rasteira [pausa] e basta. [vocalização]

INQ2 Essa não se tão Quer dizer, ela é assim Ela está misturada com as outras ervas não se muito bem. Mas esta é rasteirinha e mais bastinha e Mas é essa flor roxinha.

INF1 [vocalização] Está bem. [vocalização] E flor assim roxinha. Elas todas dão flor. Espigam e dão flor. [vocalização] A queiroga é mais rasteira ao chão. Cria também, às vezes, assim dessa altura se deixam-na criar, não é? Que no tempo até quando havia muitos matos, as vacas iam para esses matos eram as alfeiras. E, e E tranchavam isso. Comiam isso. E arrebentava mais devagar. Arrebentava mais devagar e era sempre mais rasteira. A queiroga era sempre mais rasteira.

INQ2 Era mais rasteirinha do que a urze?

INF1 Era, sim senhor, porque a a urze é que se c- é que cria mais.


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