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VPA12

Vila Praia de Âncora, excerto 12

LocationVila Praia de Âncora (Caminha, Viana do Castelo)
SubjectOs rios e os mares
Informant(s) Agrícola
SurveyALLP
Survey year1985
Interviewer(s)Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

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INF Quando o mar o mar vai assim em concha, começa assim a ficar mais fino, pumba, vira é a arrebentação dele. Porque o mar [vocalização] era, faz de conta O mar pode vir aqui. Aqui é Faz de conta, isto aqui é um poço. Mas chega aqui, aqui é um baixo. O mar ali não cogula, mas, onde é que apanha [pausa] fundo baixo [vocalização], começa logo a cogular porque lhe falta o fundo. É por isso que o mar tem arrebentação aqui na praia. Porque é que ele não arrebenta fora? Arrebenta fora com [vocalização] coisa de vento, temp- temporal, tempestade. Mas, aqui na praia, em geral, é escusado estar tempestade para o mar arrebentar. Agora não está tempestade e o mar arrebenta. Porquê? Porque apanha [pausa] o fundo mais [pausa] baixo. Mais baixo. Se apanhar o [vocalização] mais [pausa] profundo, o mar não não vira.

INQ Pois. Como é que chamam, por exemplo, a esses bocados assim de mar que é menos profundo, quando assim

INF Bem, quando é areia quando é areia, é bancos de areia. São bancos de areia. Porque a areia, o mar pode juntar a areia, pa-, po- pode num sítio afundar e, noutro dia, pode [vocalização] ficar mais seco, porque é com as correntes. E quando é pedra, chamamos-lhe nós [pausa] secos ou cabeços, quer dizer

INQ Secos?

INF Secos. Faz de conta, secos, que é é pedras mais altas que estão no fundo [pausa] e torna-se pedras Deus me livre! que uma pessoa, com os aparelhos que tem, com a sonda pedras que é para aí, quê? Têm para aí vinte ou trinta metros de altura.


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