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ALV37

Alvor, excerto 37

LocalidadeAlvor (Portimão, Faro)
AssuntoOs barcos e a pesca
Informante(s) Ápio

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INQ Hoje ainda vai apanhar um bocadinho de frio. Hoje vai apanhar um bocadinho frio.

INF Hoje geralmente , [pausa] pela parte de noite Mas sente-se, mas não é tanto como é isto de Inverno. De Inverno é sempre mais. De Inverno a gente passa mais um pouco, com os barquitos, às vezes, molhados. [vocalização] Isto a vida do mar é arrastada! A gente está contando sempre com a morte. N- O que vale a nós não morrermos mais é a barra de Portimão, que é uma santa! Se não fosse a barra de Portimão, havia aqui tanta avaria, porque a gente não temos auxílios nenhuns aqui. O salva-vidas não sai. Mesmo quando Mesmo quando [pausa] no tempo, ele tem medo de sair daquele barco, porque está a ver que aquele barco não é próprio também de sair. Isso desmanchou-se [pausa] devido [pausa] não lhe darem ordens. Eu sou pescador, e ele chegava ao de mim: "Ápio, vamos embora à barra", e eu ia. Se eu pudesse me evitar de ir, não ia, mas como ele me apontasse tinha que ir. E se não fosse, era preso. Pois assim é que havia de ser a lei. Mas não, não quer Ele está desejando que não vão e eles não se apontam se importam que vão. E o comando não forças para ir. Com licença . Pois é um barquinho de borracha. E medo do barco de borracha tem ele, um barquinho pequeno, para aí duns quatro metros

INQ Pois é, aquilo

INF [vocalização] E ele mais das vezes , não vai . Não fazem caso, isto está assim. Os Os grandes não sabem disso. Não sabem! Porque veio um senhor, , outro dia, e a gente veio falar. E eu tenho a direcção dele ali. Eu tenho a direcção dele ali. Se quando ele fosse embora, para eu lhe escrever que lhe para a outra vez. [pausa] Mas é porque eu disse que o homem tinha medo e tem medo de ir com o salva-vidas. O homem tem um salva-vidas para salvar a gente e a gente foge para a frente porque também temos medo desta barra. tem vindo o salva-vidas de Faro e vindo aqui para ao da gente. O que é que a gente foge. E depois a gente conhece aquelas roladazinhas, às vezes mete-se nas roladazinhas [vocalização], as ravessazinhas que têm aqui. Que isto é, quando é Esta barra é é a perigosa. Mas a gente tem a barra que não foge. Não temos é solução nenhuma. Se algum dia [vocalização] der aqui para o azar é uma chatice. Com certeza. Aqui o salva-vidas era bom era se eles pusessem um motor [pausa] de quinze cavalos. Pois [vocalização] socorriam [pausa]

INQ Pois .

INF a um homem. Porque eles agora, o que ele diz é que os homens não querem ir Não [vocalização]! Então não autoridade para mandar?! Somos todos marítimos. "Ó fulano vai e vai e tens que ir; se não vais, vais chamado à capitania". Que somos obrigados a ir! Mas pôs-se naquela coisa de não ir e não ir e não se importarem disso para nada e: "Não vamos".

INQ Porque aquilo ainda precisa de uns remadores, não é?

INF Pois, era seis seis, seis, oito. Seis de cada lado [vocalização] e o contramestre e o d- e o mestre era oito. Mas isto hoje em dia não nada à, à [vocalização] à acção de braço. Aquilo também é chato de remar. Um motor ali é uns cinquenta contos. Pequeno, não precisava de grande coisa. Que o barquinho é um barco grande, mas aquilo é levinho. Se anda com oito remos, se conduz a remos, então com motor, qualquer motor serve. E aquilo não é para ir fora; aquilo é para salvar debaixo do mar. E é um barco que uma rodada no mar, volta-se e põe-se direito à mesma. Às vezes, se é precisar ata-se com correias. Aquilo não faz mal. Baldeia a gente, a gente fica com t- todo cheio de mar e [pausa] na mesma está despejado. Até um barco para levar umas camisolas de se a gente se molhar. Quer alguma coisa, uma coisa também do outro barco. É um salvação. E o outro barco, às vezes, ele ia pôr o barco além para o mar e a gente de vez em quando ia ali. E é uma grande coisa. E assim não temos And- Anda-se com medo, não temos nada aqui.


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