ALV41

Alvor, excerto 41

LocalidadeAlvor (Portimão, Faro)
AssuntoOs rios e os mares
Informante(s) Ápio Apúlio

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INQ1 Olhe, mas este sítio mesmo em que o, o rio apanha o mar, como é que se chama?

INF1 Apanha Este sítio que o rio apanha o mar? Pois a gente diz assim: "A maré vai" A ma

INF2 Chama-se a barra.

INF1 É a barra. Onde é que ele apanha o mar é a barra. E tem as preia-mares e tem as baixa-mares.

INQ2 Não.

INQ1 Não?

INQ2 Não. Olhe, mas o rio

INF1 Onde é que apanha

INQ2 Um rio não é Isto, isso é o rio salgado

INF1 Sim, o salgado.

INQ2 Quando encontra o mar é que, é que se chama a barra, não é?

INF1 Sim. A barra é [pausa] unido com o rio.

INQ2 Pois.

INF1 Quer dizer, é [vocalização] a face, é a praia, o canal.

INF2 É a foz do rio. A foz.

INF1 É, quer dizer, é a barra entre o rio, [pausa] pois, entre o rio e o mar. É a barra. [pausa] É é que se chama a barra.

INF2 Pois.

INQ1 Ou o que este senhor também disse.

INF2 Ou Ou a foz ou a barra o mesmo o mesmo resultado.

INF1 Ou a barra.

INF2 A gente, da foz do rio, é além que vai desaguar.

INF1 Pois.

INF2 Chama-se a foz.

INF1 Tanto desagua como mete dentro. Quando ele começa a absorver a água, é da parte da b- da barra é que vem, é do mar que entra para dentro do rio.

INQ2 Pois.

INF1 Porque os rios não têm saída. O que é vem é do mar para dentro. Portanto, desaguou, vem, é a baixa-mar e é a preia-mar. Quando a maré enche, [pausa] fica cheio, e, quando a maré é vaza, fica escorrido.


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