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COV14

Covo, excerto 14

LocalidadeCovo (Vale de Cambra, Aveiro)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Arquibaldo

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INF É vida pobre e as senhoras compreende compreendem bem mas da terra é que vem tudo!

INQ1 Pois.

INQ2 Pois.

INF É ou não é?

INQ1 Claro.

INQ2 Então, se não fosse trabalharem na terra, não sei como seria.

INF Mas olhe que Vira-se tudo a estudar , a estudar e isto está mau. Olhe que o nosso governo vai dar o dinheiro fora [pausa] aonde se podia fazer .

INQ2 Claro.

INQ1 Exactamente.

INF Não acha?

INQ1 Sim senhor.

INQ2 Então, mas a quantidade de coisas que vêm de fora que se podiam fazer !

INF De fora! Para quê? Mas para quê? Pois se ! E dava na mesma!

INQ2 Então mas coisas que eles Eles mandam vir de fora coisas que se produzem e que eles, que os homens têm todos os anos!

INF E melhor que !

INQ2 Pois.

INQ1 Claro.

INF Olhe, suponhamos, o vinho, fruta, [vocalização] o leite

INQ2 Pois.

INF Então é o melhor!

INQ2 Claro!

INF é o melhor!

INQ1 Claro!

INF Mas ele o nosso governo [vocalização] não protege nada a agricultura.

INQ2 Pois não.

INQ1 Pois não.

INF E a agricultura está em baixo. Olhe, o lavrador [pausa] lembre-se duma coisa , o lavrador [vocalização], para meu entender é isto: está a fazer agora [pausa] para consumo dele.

INQ2 Pois, pois.

INF E quem é E ele têm tem que mandar vir de fora para manter o outro povo que não trabalha.

INQ2 Claro.

INF Que não trabalha na terra, não acha? E se ele protegesse a agricultura, na vez de vir de fora, gastava o de .

INQ2 Pois claro.

INQ1 Então, mas é evidente. Exactamente! Pois.

INF Ah! Eu acho! Então a gente criava Olhe , as farinhas [pausa] bem, que eu não compro; mas compro pouco , mas [vocalização] as farinhas se estivessem baratas, criava-se porcos, criava-se vacas, [pausa] criava-se vitelas.

INQ2 Claro.

INF Ora, aquilo que vendem é aquela carne que vem de fora e não é como a de ! Vem con- congelada, vem de fora, vem Quem sabe que carne é aquela!

INQ2 Claro.

INF Ele não sabe! Ele [pausa] eu fui a um uma boda, abaixo, [pausa] a [nome próprio]. E deram uma carne que ele achou-se tudo doente.

INQ2 Ah!

INQ1 Ah, veja !

INF Sabe? Tudo o que foi achou-se doente. Achou-se mal porque a carne Bem, eu até tirei um bocadito, ele, por acaso, eu não me achei mal, mas houve pessoas Eu quando vi aquela carne e fui a prová-la, disse: "Não, não. Eu não quero"! Comi um bacalhauzito, mas aquilo nem prestou!

INQ2 Pois.

INF E eu disse: "Ora, que é que vale uma pessoa vir para uma boda"?! Dá-lhe dez contos, ou [vocalização] sete ou oito contos [vocalização]

INQ2 Pois.

INF Que , usam! [pausa] Quando é assim uma boda, a gente hoje aos noivos, [vocalização] dá-lhe sete ou oito ou dez contos, ou quinze, ou [vocalização] o que calha.

INQ2 Pois, pois.

INF Ora bem, uma pessoa foi pagar um dinheirão e não comeu nada!

INQ2 Pois.

INF Pch, não presta para nada! Não presta para nada! E se a agricultura estivesse mais desenvolvida, os adubos A gente vai comprar os adubos caros, ah, a o que o que a gente vende! Então, uma vaca, a gente agora quer vender uma vaca, então e ele se ele não estiver registado, não a pode vender.


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