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COV40

Covo, excerto 40

LocalidadeCovo (Vale de Cambra, Aveiro)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Arquibaldo

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INF Num tempo, você, as senhoras, [vocalização] a gente quando criou, de dez pessoas arranjava vinte.

INQ1 Rhum-rhum.

INF Hoje quer cinco, não arranja duas.

INQ2 Pois.

INF Ah! Porque eu ainda tenho tido uma sorte muito grande, porque eu faço o seguinte: [vocalização] olhe, aqui na Castanheira, em Gestoso, na Agualva, na Lomba, vêm com as vacas ao touro, e eu àqueles que me ajudam ajudem não levo nada.

INQ2 Pois.

INF Àqueles que me ajudam ajudem não levo nada!

INQ1 quê?

INF Que me ajudam! Que me ajudam a trabalhar, eu não lhe levo nada!

INQ1 Ai, pois, pois, pois, pois, pois.

INF Vêm outros que querem: "Olha, eu precisava de um alqueire de centeio". Eu dou-lho dado. "Eu precisava de lhe pedir um alqueire de milho". Eu dou-lho dado. "Eu precisava de vinho". Eu dou-lho dado. Ora bem, aquela gente recompensa e diz assim: "Bom [vocalização], fulano precisa, temos que ir ajudá-lo". E vêm-me dar. Quer dizer, eu pago sem sentir.

INQ1 Pois.

INF Em dinheiro corrente, quase nunca pago. Nunca pago!

INQ1 Pois, pois, pois.

INF Nunca pago. Porque depois vêm-me ajudar mas é gente mais pobre Ele uns precisam de milho, outros precisam de centeio, outros precisam de vinho [pausa] e eu, tenho de sobra, [pausa]

INQ2 .

INQ1 E .

INF dou.

INQ1 E depois na altura em que é preciso, eles vêm.

INF Eles vêm.


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