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CRV37

Vila do Corvo, excerto 37

LocalidadeVila do Corvo (Corvo, Horta)
AssuntoErvas, arbustos e flores
Informante(s) Feliciano Florinda

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INF1 Não, a gente o que temos agora para fazer baraços ba- o que se chama baraços é espadana.

INQ1 Ah, espadana, pois.

INF1 Espadana.

INQ2 Rhum-rhum. Olhe, e uma figueira que dava uns figos que tinham, que tinham que se descascar, tinham picos?

INF1 Ah, também nunca houve aqui.

INQ2 A figueira-do-inferno, não?

INF1 Homem, talvez! Talvez. Talvez houve. [pausa] Então e em que é que usavam isso?

INF2 O quê?

INF1 Ele fig- figueira infernal, ou não sei como é que lhe chamavam.

INF2 Não sei.

INF1 Não, eu vi! Até davam um [vocalização] umas maçanetazinhas assim ele sobre o compridinho. Compa- Comparadas com o limão, mas eram mais pequeninas. E elas botavam [vocalização] uns picos. Agora [pausa] eu não sei em que é que utilizavam isso. Isso era para para certos remédios. Não sei para que é.

INQ2 Rhum-rhum. Havia para cima, era?

INF1 Aqui em baixo. Era ele nestas terras aqui de baixo. As mulheres é que cultivavam isso, nas terras aqui em baixo, ao das paredes.

INQ1 E não sabe para que é que usavam?

INF1 Não senhora. Não sei.

INQ1 Mas usavam para alguma coisa?

INF1 Usavam. E em nossa casa nunca se usou isso. Porque não via nem a minha avó nem a minha mãe [pausa] cultivar isso. Mas havia nalgumas terras para trás, nestas terras daqui debaixo. Uma coisinha, ele ela crescia por esta altura, mais ou menos, [pausa] e dava então umas maçanetazinhas com uns picos.


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