INF1 Disse: "Vou-me armar aqui uma loisa"! Fui buscar a loisa, pus-lhe um bocadinho de pão, [pausa] um bocadinho de pãozinho, prantei a loisa ali dentro do fogão e fechei o fogão. Estive lá um belo pouco, um bocadinho não muito, foi logo: trás! A loisa desarmando-se. Disse assim: "Ai"! Não ouvi chiar, não ficou. Fui ver, não estava. Tirei o pão [pausa] e pus outro bocado, um pão mais compridinho. A gente, se calhar, só apanhando um buraquinho dele um arquinho da loisa. Prantei lá. Esteve lá mais um pouco, esteve, esteve, esteve, esteve, esteve, esteve… Estávamos ao pé do fogo, mal logo ouvimos outra vez: trás! Depois ouvimos a chiar, digo: "Olha, já lá está"! Pois.
INQ1 Mas foi tudo resolvido ali, naquele instante!
INF1 Pois, foi naquele instante. Apanhámos o rato! Mas dentro do fogão!
INQ2 Dentro do fogão!
INF1 Donde Donde aquilo se foi meter, dentro do fogão!
INQ2 Estúpido do rato! Do rato!
INQ1 Mas durante o dia, é? E durante o dia ou à noite já? Já era à noite?
INF1 Foi de noite. À noite, quando a gente estava à roda da brasa. Estávamos ali na cozinha…
INQ1 Pois, pois.
INF2 Então eu não tinha uma roupa dentro do porta-bebés, uma roupa do meu Clemente quando ele era pequenino, os ratos não foram lá, não fizeram o ninho e não foram parir lá ratinhos pequeninos, lá?!
INQ2 Tchii!
INF1 Pois.
INF2 Deram-me cabo da roupa toda da criança.
INQ1 Pois, pois.
INQ2 Ah!
INF1 É, é. Isto está… Isto é…
INQ1 São terríveis!
INF1 São terríveis, são.
INF2 E eu a guardar aquilo, com pena, para não deixar estragar porque…
INQ1 Pois.