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MIN17

Arcos de Valdevez, excerto 17

LocalidadeArcos de Valdevez (Arcos de Valdevez, Viana do Castelo)
AssuntoO moinho, a farinha e a panificação
Informante(s) Antipas Arlete

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INQ Então, quando o freguês estava, fazia isso com a farinha, que é que ficava na peneira?

INF1 Farelo.

INF2 Farelo.

INQ E a que caía, a que era a medida certa?

INF1 É a farinha.

INQ A farinha?

INF1 Isso, peneirada.

INQ Pois. Mas depois como é que se achava a sêmea, no centeio?

INF1 A sê- A sêmea chamava-se era sêmeas.

INQ Mas era aquilo que corresponde ao farelo, a sêmea?

INF1 Não, é o que se amassava, [pausa] para fazer pão. Bom, era como o trigo. [vocalização] Em lugar de ser de farinha de trigo de trigo de farinha triga [pausa] era de sêmea de centeio. Ainda hoje .

INQ Portanto, uma era farinha triga?

INF1 Sim, farinha triga ele é para era para misturar no pa- no milho para fazer o pão mais abertinho. E a farinha mistura era de centeio e é para pôr o pão macio e [vocalização] e levezinho e leve!

INQ Portanto, chamava mistura àquela que acrescentava no centeio?

INF1 Mistura era de centeio, [pausa] e farinha triga era de trigo.

INQ Sim senhor.

INF1 [vocalização] Porque o pão sem mistura não fi- não liga.

INQ Não?

INF1 Era, nunca Escadraça todo. Tem que levar

INQ No milho, no milho também se punha?

INF1 Tem que se pôr; se não pôr, não, não, não, o pa- a farinha não .

INF2 Não cozia . Nada! Porque não tem ligação. Nunca na vida pode Se ficar Se cozer o pão sem mistura, ele é áspero, não, não não tem liga.


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