PAL12

Porches, excerto 12

LocalidadePorches (Lagoa, Faro)
AssuntoA religião e as superstições
Informante(s) Abelino

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INF Toda a minha vida, [pausa] ouvi falar [pausa] que o mundo, [pausa] antes dos dois mil anos, que acabava. E muita gente diz: "Não acaba". Ele tem sido da forma que eu tenho conhecido isto todos os anos pior, todos os anos pior, todos os anos pior. E as coisas, como os profetas diziam, assim tem ido. [vocalização] Sim, tem-se ido tem-se ido [pausa] passando. [vocalização] E então, quer dizer, o mundo, [pausa] isto isto, isto não acaba. Mas isto não teve nem princípio nem fim. Mas quero dizer o seguinte: é de nossa vida [pausa] bem, eu [pausa] penso nisto porque os outros [pausa] porque tenho ouvido dizer a nossa vida acaba. [pausa] Ou seja em fome, ou seja em guerra, ou seja como for, acaba. E depois, o passar disto; e depois, vem outra geração [pausa] fazer vida novamente. É claro. E esta vida que nós estamos aqui, agora que mil e tantos anos, bem, que temos esta vida virá outra [pausa] doutra família, doutra doutra geração, formar isto novamente. E isto vai-se aproximando. Tudo quanto os profetas disseram e escreveram, aquilo [pausa] tem tem-se aproximado tudo.


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