TRC55

Fontinhas, excerto 55

LocalidadeFontinhas (Praia da Vitória, Angra do Heroísmo)
AssuntoA alimentação
Informante(s) Camolino Celisa Cesaltina Elódio

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INF1 Nem a pequena nunca escreveu.

INF2 Nem a pequena ainda não escreveu. Que ela escreve sempre é ali sentada na cama. Não escreveu ontem, queria-se era deitar, deitou-se. tardíssimo que a gente se deitámos.

INF3 à noite.

INF2 E [vocalização] E hoje levantei-me, estive derretendo a minha matança

INF3 A mãe sempre foi ontem baixo buscar à Praia buscar o toucinho?

INF2 Fui. Fui no carro desta senhora. Fui e vim no carro deles. [pausa] Eles ainda estiveram à minha espera.

INQ Ah! Estivemos à sua espera?! Não tivemos tempo A senhora depois ainda esteve à nossa espera outra vez.

INF2 Não! Estiveram então à minha espera ainda para me trazer para cima no carro. Porque aquilo está mau, então é à vez. Tiram uma se-

INQ Estava muita gente!

INF2 É à vez!

INF3 É, vai muita gente vai.

INF2 Era um aç- Era um açougue, e o que tinha saído, senhora!

INQ Sim, tinha saído muita gente.

INF2 Se tinha saído! Era um açougue que a gente queria-se mexer dentro e não podíamos.

INF3 Tudo atrás do toucinho, porque não agora e eles vão é à busca do toucinho para os torresmos.

INF2 Tudo atrás do toucinho! Toucinho. É. E gente que compra canelos! Uns é por canelos e carne para comer.

INF1 Vai aviando, que eles têm que desgastar aquilo tudo.

INF2 E os outros é para derreter.

INF1 Uns levam uma coisa e outros levam outra.

INF2 Derreteu e fiz aquela gordura que está ali.

INF3

INF2 Mas não Mas não não dão mais que cinco quilos a cada um. O filho

INF3

INF1 Querem contentar todos.

INF3 Não é o que querem.

INF2 Não é o que querem!

INF1 Não! É a contentar todos .

INF2 Ainda o pequ o rapaz do Canuto disse-me: "A tia que A tia, que é queria"? Digo eu: "Queria dez quilos". Diz ele: "Não pode ser. Não pode ser. Há-de ser cinco, que é como os outros". Digo eu: "Há-de ser o que o senhor puder amanhar. O senhor há-de fazer como faz aos outros. Eu não sou diferente dos outros. O senhor há-de fazer como faz aos outros". Pronto.

INQ Acho que muita falta de banha.

INF2 .

INF1 e esteve uma desgraça.

INF3 muita, muita, muita!

INQ Eu quis comprar também um bocadinho de banha derretida , mas não, não havia.

INF2 Não .

INF1 Não vendem.

INQ Diz que estava esgotado. Não havia.

INF2 Não . Em tempo havia, mas agora não . A gente comprava era sempre pronta a [vocalização] fazer comida, mas agora não .

INQ Pois, pois.

INF2 E cada vez é pior.

INQ Mas porque é que será?

INF3 Falta de porcos para matar.

INF2 Falta de porcos.

INQ Ai é?

INF2 É.

INF3 É falta.

INF4 Mas a falta de porcos [vocalização] o lavrador é que teve a culpa.

INF2 Foi! Ele foi então!

INF4 Eles eram não pagavam bem que desse para o para o tratamento

INF1 ! Não Não dava para as despesas.

INQ Pois.

INF4 Depois eles [pausa] deixaram de de criar porcos. Agora ninguém tem porcos: eu não tenho para vender, aquele não tem porque não tem, e querem é comprar

INF2 É, é.

INQ Pois.

INF4 Eu tenho medo que me falhe.

INF3 Eu tenho mas é para para gasto de casa. Depois quando for mais daqui a uns meses [vocalização] Estou engordando para o matar. Que eu tenho-o para o gasto de casa. Pronto, é na altura em que não .

INQ Pois.

INF2 Mesmo aquilo não vão bem gordos para , Eládio.

INF3 Eles mesmo não querem.

INF1

INF2 É engorlentados.

INF3 Eles mesmo não querem. Quando é para vender, eles não querem porcos muito gordos.


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