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UNS16

Unhais da Serra, excerto 16

LocalidadeUnhais da Serra (Covilhã, Castelo Branco)
AssuntoA rega
Informante(s) Dinora Delmiro Diomedes

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INF1 uma certa altura ali talvez em Abril, Maio chamam uma sessão. Juntam-se os, os [pausa] os proprietários e [pausa] mais alguém que queira ir comparecer, e dizem assim: "Bem, quem é que quer ficar com a rega- com a regadia"?

INF2 Os proprietários.

INF1 Pronto, aqui é, é, é [pausa] é de porta à eira.

INF2 É de porta à eira.

INF1 E outras.

INF3 outra além na frente.

INF1 Por exemplo, o senhor lança: "Eu fico com ela a duzentos escudos"! [pausa] E eu lanço: "Eu fico com ela a duzentos e cinquenta"! Aquele que mais é que fica!

INF2 Não, não.

INF3 Não, não. É o que mais barato faz.

INF1 Ou o que mais barato faz, então é que fica.

INF2 Porque se fosse ao lanço, [pausa] aquilo ia para umas alturas!

INF1 E então Pois.

INQ Ah, pois.

INF2 Porque aquilo é

INF1 E então, se a senhora quer regar, desde o momento que entre a regadia, a senhora tem que pedir a água a esse senhor. Porque senão a senhora tira, eu tiro, [vocalização] os meus sogros tiram, a água não chega para ninguém e não é para ninguém.

INF2 E jogam a bulha!

INF1 E jogam a bulha! Por isso mesmo é que é que um juiz [pausa] para para dirigir a água.

INF2 Tem que ir manter a ordem.

INF1 Portanto, a gente quando quer regar Não digo que não ali [pausa] uma vez e tire a água sem ordem, mas isso é mau.

INQ Pois.

INF1 A gente tem que pedir a água. Por isso mesmo, a gente paga para ele

INQ A esse juiz?

INF1 A esse juiz.


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