INQ Ó Senhor Alberto, e quando, portanto, quando semeava cereal, quando era uma extensão mais larga que quando estava a semear não abrangia só de uma vez, não fazia uns regos, primeiro, que era para…?
INF Fazia [pausa] as belgas. Chama-se Chamam-se as belgas.
INQ Tal e qual como se chama as belgas ali para aquelas…?
INF Pois, como chama-se aqui embelgar; chama-se chama-se-lhe mesmo embelgar. É um regos que… Ainda hoje se faz. Ainda ho- Ainda hoje se faz. Mesmo até para semear a forragem tem que se fazer as belgas. Quando não, a gente não abrange. [vocalização] A gente, com uma mão… [vocalização] Mais, eu semeio de, do com dois arcos mas, mesmo assim, nunca apanho mais a distância mais do que três metros e meio, quatro metros [pausa] quando muito, quatro metros é já à rasca.
INQ O que é que chama semear de dois arcos? Portanto é…?
INF É [vocalização] fazer um arco assim, largar uma mão cheia assim, e a gente, quando é que mete a mão ao sementeiro – que como a gente anda com [vocalização] um… não sei se o senhor se já tem visto? –,
INQ Pois, pois. Já.
INF a gente enche a mão, apanha do sementeiro e aventa com ela assim; espalha no ar, não é?
INQ Pois.
INF E depois isso faz um arco. Faz um arco, porque começa a fazer um bico assim e vai acabar além.
INQ Sim senhor.
INF Mas como como eu semeio de dois arcos, vou metade faço o arco mais pequeno, assim, ao contrário. Um vai assim e o outro, em depois, vai assim.