INQ1 Davam algum nome a essa parte toda junta?
INF Então era o [vocalização]… A gente chamava que era o [vocalização] bandulho porco, pronto. Era o bandulho do porco. Era o que pendia tudo em conjunto, não é?
INQ1 Que eram essas coisas…
INQ2 Mas…
INF Depois é que era dividido em peças. Tir- Tinha as suas peças dentro. Tinha… A fressura era então depois tirada; depois de estar tirada, era tudo para um alguidar. Caía tudo num alguidar. Conforme ia-se abrindo o porco, aquilo ia caindo, não é?
INQ1 Pois.
INF Aquilo é um peso doido, ainda, grande! Depois caía tudo aí num alguidar que se aparava por baixo. Depois de estar [vocalização] tudo caído dentro do alguidar, ia-se apartar. Punha-se… [vocalização] Atirava-se com tudo para cima duma mesa ou dum ou dum pial grande donde se fazia aquilo, desap- ia-se tirar a fressura, tirava-se os rinzes… Os rinzes não, que eles ficavam no próprio porco; tirava-se mas era a seguir. Tirava-se a fressura, o bofe, a língua e a goela, que era o que se aproveitava do porco; depois as tripas também se aproveitavam, mas as tripas era à parte. Depois a tripa cagueira, que é a grossa – chamam-lhe a tripa cagueira –, era era bem lavadinha, ou era cortada para meter nos chouriços de sangue, ou comia-se assada. Era as- Era cozida – primeiro escaldada – com um tempero especial, depois ia a assar na brasa, que aquilo é uma categoria! É melhor que o porco!
INQ1 Ah, deve ser. Ah!
INF Isso para mim é melhor que o porco. Isso é uma categoria! E a tripa magra era para ir lavar e virar; era lavada e depois virada com uns pauzinhos que elas arranjavam, viravam logo a tripa ao contrário, lavadinha, para encher o chouriço de sangue e para os enchidos.
INQ1 Pois.