INQ1 Quer dizer, esperemos é que isto continue a viver-se bem, porque como andam a dizer já…
INF1 Ah, quem sabe lá!
INQ1 Está tudo mal, disto e daquilo e daqueloutro.
INF1 Ah, sim, claro. A gente, isto
INQ1 E as coisas, os produtos que se deitam na terra que fazem mal, depois que contaminam os rios. Nunca se sabe.
INF1 Pois é. E é natural. E até E até será natural. E até será natural, porque hoje a gente já nem tem tanta saúde como tinha antigamente, porque é tudo à base de quimas químicas. Porque antigamente quase não se usava o adubo.
INQ1 Claro.
INF1 Agora não. Agora é tudo à base de adubo e tudo faz mal.
INQ2 Pois.
INF1 Sim – não é? –, tudo faz mal.
INQ1 E uma terra com adubos dá durante uns anos e depois …
INQ2 E depois deixa de dar.
INF1 Depois fica degotada. Fica degotada. Os animais, as abelhas, tem levado muita coisa caminho com esta coisa das químicas. Por exemplo, botar remédios à erva – hoje já há estes remédios para botar remédios à erva. Ora, o animal, por exemplo, vai lá, por exemplo, as abelhas, vá,
INQ1 Claro.
INF1 que é a coisa que anda mais no campo. Ora, se está a erva envenenada, levam caminho, não é?
INQ1 Claro.
INF1 Portanto, e a gente come come muitos animais praticamente co- com este mal d- destas coisas, não é verdade?
INQ1 É, é.
INF1 Que é assim mesmo. Portanto, a gente agora tem tendência… Dura menos e [vocalização] as coisas estarem piores devido devido a isto, pronto, [pausa]
INQ1 É, é. As pessoas têm mais doenças.
INF1 devido, pronto, a [vocalização] estas co-, estas químicas, que deve ser estas químicas mesmo, pois. Que é assim mesmo [vocalização]. As terras nem há como o natural.
INQ1 Claro.
INF1 Nem há como o natural.
INQ1 Claro. Claro, quando era com estrume…
INF1 Pois, é como a gente… É
INF2 Nós, as batatas, é só com estrume do do gado.
INQ1 Pois.
INF1 É como a gente, por exemplo, as carnes e as coisas que come.
INQ1 Sim, mas lá para baixo já não é.
INF1 Sim, pois não. Por aí afora [vocalização], em certos lugares não há estrume.
INQ1 Por isso é que as batatas de Trás-os-Montes são muito melhores que as batatas lá de baixo.
INQ2 Pois.
INF1 São. Conservam mais. É como, por exemplo, as carnes, os porcos e as galinhas, o que a gente comia antigamente, era tudo à base do campo. Hoje não é. Portanto, [vocalização] e a gente come essas carnes mas não nos dão saúde.
INQ2 Pois.
INF1 Porque é assim mesmo. Não Porque são são feitas à base de… Agora, por exemplo
INF2 A gente mata um [vocalização] frango caseiro, tem outro gosto que não tem o [vocalização] o dos sacos.
INQ1 Claro.
INF1 São dos aviários.
INQ2 Pois é.
INF1 Porque, é claro, então então um [vocalização] pito, não é, para nós, para se pôr bom, leva quase um ano para se pôr bom. Hoje [vocalização], num mês, põem um pito bom.
INQ2 É verdade.
INF1 Portanto e os porcos e o resto é igual, [pausa] e vitelos, e tal.
INQ2 Não têm gosto nenhum.
INF1 Portanto [vocalização]…
INF2 Eu, estas pitinhas que aqui tenho, já as tenho há [vocalização] três meses, e não estão grande coisa.
INF1 Portanto, é assim. E nós comemos isso tudo e a saúde é assim mesmo. Pronto. E é isso. É, é. É assim.
INQ1 Pois, pois, pois…
INQ2 Pois, pois, pois.