INF1 Há uma outra que nós chamamos a [N«nome], que é muito boa para fazer chá quan- para quando a gente lhe dói a barriga.
INQ1 Como é que se chama?
INF1 Chama-lhe a gente [nome].
INF2 A [nome] há lá ao pé da minha casa. Há.
INF1 Pois.
INF2 Há lá em baixo.
INF1 E essa coisa do do sempre-verde é para fazer o tratamento dos miúdos, quando os miúdos pequenos… Até ao Realmente, até aos sete anos, todos a lua os apoquenta muito, está a perceber?
INQ2 Rhum-rhum.
INQ1 Pois.
INF1 E depois os miúdos dormem de olhos abertos. E então fazem-lhe esse trato para os miúdos lhe passar isso.
INQ1 Sim senhor.
INF1 E [vocalização] também há quem faça arranjar o, o a rama de da aroeira, com um bocado de alecrim, a tal tasneira, como eu disse ainda agora, depois faz ou faz um chá ou faz um fumozinho e passam a roupa dos miúdos pelo pelo esse fumo, [pausa] para isso desistir às crianças.
INQ1 Rhum-rhum. Ah, a roupa.
INF1 Hoje em dia já não fazem isso. [pausa] É só através de remédios com médicos. No resto, aquilo [pausa] não resulta melhor que aquelas mezinhas que eram antigas, não é?
INQ1 Claro.
INF1 É mais rápido, não é?
INQ1 Pois.
INF1 Pois é.
INQ1 Mas era, era muito melhor.
INF1 Pois nós, quando chega a uma certa idade, já não prestamos. A gente começamos logo a [vocalização] a tomar químicas para para desenvolver.
INQ1 Pois.
INF1 Pois. Portanto, antigamente, a senhora,
INQ1 Pois é. Era melhor.
INF1 sabe realmente porque aí criaram-se aí pessoas aí à volta de cem anos e hoje não se cria ninguém à volta de cem anos.
INQ1 Claro. Mas também morria mais gente que morre hoje.
INF1 De acordo. Sim.
INQ1 Antigamente as crianças morriam… Muita gente, muitas crianças sem cuidados médicos…
INF1 A senhora tem razão, sim senhor. Pois, que aparecia [vocalização] … Pois, apareciam os males de repente que não, não não se esperavam, não é?
INF2 Não se esperavam, não havia como curar.
INQ1 Pois.
INF1 Que havia esse aí que chamavam-lhe o [vocalização]… [pausa] Há um cardo que nós chamamos-lhe o cardo-cortilho, que eu também conheço – [pausa] cardo-cortilho –, que é muito bom para inflamações.
INQ1 Cardo?
INF1 Também sei onde há isso, não é?
INQ1 Isso tem alguma coisa a ver com uma doença que dava nas crianças?
INF1 Isso é por causa da [vocalização] da garganta, das anginas.
INF2 Da garganta.
INF1 E a gente f- ferve aquela água e depois bebe daquela água até desvastar aquele inchaço da inflamação, digamos assim.
INQ1 Mas não havia uma doença que se chamava garrotilho, ou uma coisa assim?
INF1 É o garrotilho. Pois. E esse cardo [vocalização] esse cardo era dedicado para isso. Pois, [vocalização] nós cá chamamos que é nas anginas. Isso aparece na garganta, pois. [pausa] Pois.
INQ1 Pois, pois, é aqui e depois…
INF2 Então e aquelas que a gente, aquelas, aquelas aquelas [vocalização] ervas que a gente foi apanhar para aquele senhor também que estava doente, ali assim onde morava o tio Ildefonso?
INF1 Ai, isso é o [vocalização] [pausa] é o coiso, como é que é?… É a erva da erisípela, não é?