INF Quando o mar o mar vai assim em concha, começa assim a ficar mais fino, pumba, vira – é a arrebentação dele. Porque o mar [vocalização] era, faz de conta O mar pode vir aqui. Aqui é Faz de conta, isto aqui é um poço. Mas chega aqui, aqui é um baixo. O mar ali não cogula, mas, onde é que apanha [pausa] fundo baixo [vocalização], começa logo a cogular porque lhe falta o fundo. É por isso que o mar tem arrebentação aqui na praia. Porque é que ele não arrebenta fora? Arrebenta lá fora só com [vocalização] coisa de vento, temp- temporal, tempestade. Mas, aqui na praia, em geral, é escusado estar tempestade para o mar arrebentar. Agora não está tempestade e o mar arrebenta. Porquê? Porque apanha [pausa] o fundo mais [pausa] baixo. Mais baixo. Se apanhar o [vocalização] mais [pausa] profundo, o mar não já não vira.
INQ Pois. Como é que chamam, por exemplo, a esses bocados… assim… de mar que é menos profundo, quando há assim…
INF Bem, quando é areia quando é areia, é bancos de areia. São bancos de areia. Porque a areia, o mar pode juntar a areia, pa-, po- pode num sítio afundar e, noutro dia, pode [vocalização] ficar mais seco, porque é com as correntes. E quando é pedra, chamamos-lhe nós [pausa] secos ou cabeços, quer dizer…
INQ Secos?
INF Secos. Faz de conta, secos, que é é pedras mais altas que estão no fundo [pausa] e torna-se… Há pedras – Deus me livre! – que uma pessoa, com os aparelhos que tem, com a sonda… Há pedras que é para aí, quê? Têm para aí vinte ou trinta metros de altura.