INQ Os coelhos bravos vivem aonde?
INF [vocalização] Vivem naquelas tocas aí na ribeira [pausa] – ou árvores mesmo.
INQ E, e fazem a criação aonde?
INF Fazem-na ali [vocalização] debaixo da terra.
INQ Mas tem algum nome aquele sítio onde eles fazem a criação?
INF A gen- Pois, pois tem. Esses sítios onde eles fazem a criação [vocalização], pois chamam coelheiras. Chamam coelheiras a isso onde os bichos criam. Aí os bichos bravos fazem um buraco na terra e ao fundo fazem um recocão mais coiso e criam lá. Pois. Quando se encontra às vezes isso… Noutro tempo, encontrava-se às vezes esses buracos e um gajo com um coiso cavava, cavava até chegar lá ao fundo, até chegar lá à coelheira. Às vezes, dizia-se, tinham lá meia dúzia de coelhos, pequenos ou [vocalização] ou já grandinhos.
INQ Rhum-rhum. Olhe, e as lebres, como é que fazem a, o sítio para?…
INF Acho que a lebre que é um bicho que deve que cria aí também num recocão qualquer mas não é não por buraco. A lebre não faz cá buraco na terra. A lebre, pois, deve ter [vocalização] – ou por meio de pastos, ou de de qualquer coisa – onde faz a [vocalização] cria. Mas, eu não acho que… Nunca conheci isso [vocalização], quem [vocalização] venha dizer que se faz que faz um buraco como o coelho. O coelho faz buraco para criar, agora a lebre não. A lebre, pois, deve acarear uns pastos, uma coisa qualquer e deve arranjar um esconderijo onde cria. Porque a lebre até cria pouco. A lebre Uma lebre, ele parece que aquilo duas duas crias, três, duas, três, é o que cria, e o coelho não. E o coelho não. O coelho [vocalização] Há coelhas que têm oito e dez [pausa] coelhos. E a lebre não: duas, três, duas, três. Mas não faz buraco.