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Alcochete, excerto 5
Text: -
[pausa] Cevada-branca, cevada, cevada cevada-aveia, centeio.
[pausa] Mas então tinha uma coisa:
quando se semeava de trigo, não se podia semear pragana.
INF É as outras searas – trigo; trigo ou centeio.
INF A gente emprega sempre aquele nome é de pragana.
INF É aveia, é trigo, é tudo;
A gente, as praganas é [vocalização] tudo quanto é bago é de bago de coiso.
E Mas a gente de-, dessa dessa seara que semeava trigo, do outro ano a seguir já não semeava lá cevada.
[pausa] Dava-se um ano de folga à terra [pausa] dessa seara
[pausa] podia-se pôr grão,
Dessa, dava-se folga Dava-se folga um ano.
Depois ao outro ano podia-se semear outra vez [pausa] a [vocalização] o centeio, ou cevada, ou trigo.
INF Outra corte ou outra seara.
Porque nunca dava, que a terra enjoa.
[pausa] A terra ainda enjoa!
INF A gente nunca pode [vocalização] A gente nunca pode estar a semear uma seara sempre no mesmo sítio, que a terra enjoa.
É como a gente também enjoa o comer.
Há comeres que a gente também enjoa.
[pausa] Isso chama-se dar a folga.
INF Dá-se a folga à terra com outra seara.
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