Representação em frases
Alcochete, excerto 17
Texto: -
INF Um pinguinho de azeite?
INF Então, o azeite é as oliveiras.
INF As oliveiras, [pausa] nasce [vocalização] o [vocalização] candeio…
[pausa] Depois do candeio, viga vinga a azeitona.
[pausa] E depois de a azeitona [pausa] estar verde, começa-se a fazer preta.
[pausa] Depois de ela estar preta, em Outubro, vai apanhada.
[pausa] Depois vai para o lagar.
Do lagar, vai lá a umas prensas
que aquilo é apertada com umas coisas de corda à roda, em cima,
Está a correr o azeite por aquelas [pausa] coisas de m- de corda, sempre.
Está a correr para dentro dum, dumas bi-, umas bi- dumas vasilhas, em folha – em zinco!
Depois daquelas aquelas vasilhas em zinco, é transportada para dentro doutras vasilhas.
[pausa] Depois está ali uns [vocalização] tempos…
Está ali um [vocalização] Está ali [vocalização] talvez um mês, [pausa] que é para perder aquele acede-, aquele ace- aquele…
Ai, que esquece-me o nome daquilo!…
É [vocalização] o ácido! –
para perder aquele ácido, do, do do ácido de, da da azeitona.
Que é para depois aquilo ficar limpo, para não ter gosto nenhum.
INF O que começa lá a nascer é o zi- é o [vocalização] o candeio.
[vocalização] Isso corta-se.
INF Aquilo está a puxar pela árvore.
Quanto mais arrebentos a árvore tem de roda, mais está a explorá-la.
E a árvore não quer ser explorada, que quer só aquilo que tem lá em cima, a capota.
INF "Vou cortar aqueles arrebentos à oliveira".
INF Isso, brava, é um [vocalização] um zambujeiro.
INF E estes depois é enxertado.
E que também se pode enxertar zambujeiro em oliveira.
INF Quando [vocalização] é a época de ir à azeitona…
INF Para ir Para ir apanhar a azeitona, ir varejar.
Estendem umas uns sacos por baixo – agora é de plástico –,
estendem uns plásticos por baixo,
começam a baterem para baixo.
e varria-se com uma vassoira.
Aceirava-se a Aceirava-se a oliveira [pausa] por baixo…
Aquilo chama-se o aceirar.
[pausa] Varria-se tudo para fora da capota da da oliveira.
Depois a oliveira deixava cair a, a as folhas, ou a azeitona, e folhas e tudo que ia batido;
depois aquilo ia tudo varrido para o monte.
Depois ia [vocalização] mandado ao vento, com um crivo.
[pausa] Enchia-se o crivo
e mandava-se assim ao vento.
INF [vocalização] As folhas saíam
e a azeitona ficava ali, em cima dum pano limpo, que era para depois de já estar limpa para ele a gente pôr dentro duma canastra.
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