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Alvor, excerto 48
Text: -
INF1 [vocalização] Fa- Diz que faziam bailes.
INF3 Faziam bailes ali na, na na coisa, ali na…
INF1 O meu avô, Deus me perdoe, dizia, [pausa] que…
Morava ali na rua ao pé do outeiro do lagar, naquela rua em que a casa derrubou a parede,
e levantou-se, uma noite de luar,
e disse: "Ó Cândida! Mas que lindos cantos tão lindos que está a- que eu estou ouvindo!
Mas que cantos tão lindos que eu estou ouvindo!
Estou ouvindo, para a quinta do Aqueronte uns cantos tão maravilhosos!
Ainda não ouvi uma coisa tão maravilhosa"!
E afinal, diziam que lá as bruxas antigamente que iam dançar, faziam aquelas grandes rodas.
"Anda para dentro que isso é bruxas"!
Não se ouve falar dessas coisas.
E realmente muita gente dizia [pausa] que havia.
E até, [vocalização] a respeito de bruxedo, até havia um fulano em Alvor [pausa] que era muito assim…
É claro, há pessoas mais [pausa] judias que outras, judeus que outras.
e não se queria crer em nada.
Ele um dia teve umas falas com uma mulher
e a mulher diz assim: "Deixa estar que há-de pagares"!
Diz ele assim: "Há-de pagar eu?
mas comigo não tens entrada.
porque ele o homem saiu de casa [pausa] a umas tantas horas da noite [pausa] –,
e se-, e o e sentiu um empurrão.
As palavras não eram ditas,
Deram-lhe tantas e tão poucas que até um empurrão lhe deram,
[pausa] e ficou estendido.
Foram dar com ele estando estendido quase morto.
Esteve mais de sete ou oito dias de cama.
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