Representação em frases

Cedros, excerto 5

LocalidadeCedros (Horta, Horta)
AssuntoA agricultura
Informante(s) Jaime

Texto: -


[1]
INF Pelo antigo até eu no Pelo antigo, a gente punha porcas.
[2]
Amarrava as porcas
[3]
e elas iam foçando,
[4]
iam trabalhando aquilo ali,
[5]
e depois a gente ia escavacando com as enxadas.
[6]
Os cepos, quan- mesmo quando era ce- tinha cepas na terra, a gente depois era tudo arrancado a braço.
[7]
A gente ia ali cavando de roda e cortando com um machado,
[8]
arrancavam-se aquelas cepas,
[9]
picavam-se aquelas cepas todas para vir para o lume para queimar.
[10]
E [vocalização] depois então de isso estar tudo revirado das porcas, e de a gente ter revirado com as enxadas, arrancado aquelas cepas, então a gente semeava milho-basto.
[11]
Era a primeira cultura que se semeava era o milho-basto.
[12]
E at- E até anos para trás, quando havia pouco trevo, levava-se anos e anos a semear o milho-basto, para a terra estar ficar bem amansada.
[13]
Havia algumas também nestas condições bravas,
[14]
que eu até tinha também dois alqueires e meio.
[15]
Mas era uma terra meia de ladeira,
[16]
eu quis amansá-la.
[17]
Estava toda perdida de silvado e rocas e,
[18]
e eu pus-lhe madeira.
[19]
Pois essa madeira acabou por levar tudo mesmo.
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Ficou a terra sem uma erva verde, nem [vocalização] uma erva de qualidade nenhuma somenos.
[21]
E fi- o madeiral está que é dois alqueires e meio de terra [pausa] de madeira que é uma coisa muito importante.
[22]
INF A gente aqui, um A gente aqui considera um [vocalização] considera um alqueire de terra se é duzentas braças duzentas braças, para as nossas braças que a gente mede.
[23]
Mas um alqueire de terra é é mil metros.
[24]
INF Mil metros quadrados.

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