Representação em frases
Ribeira Seca, excerto 16
Texto: -
INF E houve lá um um casal de velhos
E disseram ao velho que a mulher que era amigada.
E a m-, a [vocalização] a mulher todos os dias saía.
Ou o homem é que saía ou?
A mulher todos os dias saía
e ele disse: "Eu vou saber o que é que tu vais fazer.
Eu vou saber o que é que o que é que vai haver".
Fez um dia que ia caminhar de casa
mas deixou-se estar em casa.
E [vocalização] Mas ela não lhe arranjava comida.
Mas quando o homem vinha, ela guisava comida
e o papagaio diz: "Ó corno, a comeres pão seco e as bogas no forno".
INF "Ó corno, a comeres pão seco e as bogas no forno".
Era a comida para o [vocalização] amigo.
E ele disse: "O papagaio está sempre a dizer aquilo
Fez um dia que caminhava de casa
e deixou-se ficar em casa.
E ela fez [vocalização] fez comida para para o homem comer para se…
Para o almoço foi [pausa]…
Ah, já não sei o que foi.
Eu já não Já não sei a modo como é.
Fez um Fez papas para o para o.
Depois para comerem outra vez, fez pinto.
E para para a ceia, fez um bolo para a merenda.
E eles ela chegou a casa…
e ela disse: "Ó homem, não vens alagado?!
E ele disse: "Olha, se não era uma abinha de pedra como o bolinho que tu [vocalização] que tu almoçastes, eu vinha alagadinho como o pintinho que vós merendastes"!
"A chuva foi basta como as papas que tu almoçastes.
E se não era uma abinha de pedra como o bolinho que vós merendastes, eu vinha a jantastes, eu vinha alagadinho como o pintinho que vós merendastes".
E ela ficou admirada de o velho saber aquilo tudo.
Mas o velho estava em casa a ver ela a fazer aquele guisado.
Isto era era contos que a gente contava antigamente.
Edit as list • Representação em texto • Representação em frases