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Covo, excerto 5

LocalidadeCovo (Vale de Cambra, Aveiro)
AssuntoO moinho, a farinha e a panificação
Informante(s) Arquibaldo

Text: -


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[1]
INF Ai, é o cambal.
[2]
É o cambal.
[3]
O cambal da farinha, que é:
[4]
aquilo a anda aqui assim
[5]
e aquilo é alto tudo para cima.
[6]
INF Ora bem, mas mesmo nesse meio, ela a cair para baixo para o tremonhado, às vezes, se vento [vocalização] quantas vezes ,
[7]
e depois o vento faz o psu
[8]
e sai o para cima
[9]
E quem use eu ainda não tenho; ainda não tenho e vai-se ver e nem quero , use por cima um panal um panal, um pano!
[10]
INF É, para não voar.
[11]
E ela voa acima
[12]
mas depois
[13]
INF cai para baixo.
[14]
E quem fa- tenha isso;
[15]
eu não tenho.
[16]
E o meu irmão também não tem.
[17]
INF Ah, é em pedra.
[18]
É pedra.
[19]
É pedra.
[20]
Também se pode fazer em madeira, mas não.
[21]
INF É o chão.
[22]
INF É,
[23]
é.
[24]
O chão.
[25]
O chão.
[26]
E é acimentado,
[27]
fica tudo lisinho
[28]
INF e depois ali,
[29]
que é por causa de não perder a farinha.
[30]
INF É.
[31]
Chamam aquilo uma ;
[32]
uma ,
[33]
mas é de madeira.
[34]
É uma
[35]
e faz-se assim uma cova,
[36]
e depois a gente tem um rabo , a gente bota aqui essa mão,
[37]
enche assim
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e bota para o saco ou para aquilo que quiser.
[39]
INF Pode ser em sacos.
[40]
A farinha mete-se
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INF Não,
[42]
não.
[43]
INF Não.
[44]
Têm
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Bem, suponhamos, eu tenho os meus,
[46]
às vezes os meus vizinhos pedem
[47]
Às vezes, é sempre!
[48]
INF E eu deixo deixo moer.
[49]
Nunca os estorvei.

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