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Covo, excerto 12
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, ouviu e virou-se para ele
e diz assim: "Olha, ou tu obedeces a este pedido,
ou nunca mais aqui tornas".
Ela para ele: "Ou tu obedeces a este pedido,
ou nunca mais aqui tornas.
Então estás a ver se lhe morrer o filho lá fora, como ele é"?!
Morria a gente nossa lá fora!
INF Diz ela: "O que é que…
Tu vê lá se lhe dás algum jeito".
E ele: "Tu queres que eu perca o pão por causa dum soldado"?
Diz ela: "Não perdes nada!
"O senhor quando vai embora"?
Digo assim: "Ó meu tenente, eu [pausa] só vou domingo" –
isto foi numa sexta-feira –,
"Pronto, o senhor, ao domin- no domingo, às duas horas" –
que era o Viseu que passa ali que vai para Vi- para lá;
[vocalização] para chama-se mesmo o Viseu, a camioneta –,
"você [vocalização] apareça aí, no jardim, lá em baixo".
À noite, o meu filho vinha do [vocalização] lá do mato, lá de coiso, das instruções,
era companhias a vir, companhias e companhias,
e companhias, e companhias, e eu não o conheci.
Só o conheci quando ele ia a entrar ao, ao à porta de armas,
é que ele alevantou assim o braço
O moço lá foi entregar a espingarda, entregar lá as coisas dele,
"Você que anda por aí a fazer"?
"Olha, é assim, assim, assim".
Ó pai, vá-se embora, homem!
Então já foi lido lá a ordem,
e então você cuida que me tira de lá?!
Há-de ser o que Deus quiser.
Eu tanto posso morrer ou não morrer,
mas [pausa] tenho que ir.
Há-de ser o que Deus quiser".
"Eu tenho fé que tu que não vais lá".
"Não ande a gastar dinheiro".
[pausa] Pronto, lá me fiquei.
Quando foi no Quando foi no domingo, às duas horas, eu fui lá para o jardim,
havia lá muita gente – muito mundo, muito furriel, com aquela gente –,
ela carregou para aí sete ou oito pessoas, com batatas, com hortaliça,
que ela tinha uma quinta, aí boa, aqui San- em Santa Cruz da Trapa.
deu-me um balãozito para levar [pausa] na mão, como essa pedra.
diz ela assim: "Você descanse
que o seu filho não vai lá fora".
Oi, quando me ela disse aquilo!
"Não diga isso, senhora Berenice".
Na altura que o seu filho for lá fora vou eu no lugar dele"!
eu pedi licença outra vez,
e esteve lá a conversar mais eu,
diz ele: "Olhe, o seu filho não vai lá fora.
Mas na segunda-feira, quando ele era para ir para fora, ele sai primeiro que os outros,
Vai para Coimbra, para, para Tom- [vocalização] para Coimbra para o Centro de Mobilizações".
Digo eu assim: "Mas ele ainda lá vai"…
"Ó, ó Ó meu tenente, quanto é que eu tenho a pagar"?
Digo eu: "Quanto é que é o seu trabalho, meu tenente"?
Diz-me ele assim: "Olhe, você a mim não me paga nada.
Se quer dar alguma coisa é a ela!
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