Representação em frases
Vila do Corvo, excerto 74
Texto: -
INF O vime é [vocalização] é cortado na Primavera.
[vocalização] O que quer o vi-, o [vocalização] fazer o [vocalização] o cesto branco, [pausa] planta o vime quando quando é cortado,
e quando é para diante, em Julho, por exemplo, o vime cobriu-se de folha
e [vocalização] e larga a casca.
depois então faz-se então o cesto, ou a sebe, ou lá o que é o que se precisa.
O que quer o cesto preto corta
e e faz quando ele co- começa a secar.
Porque fazendo o cesto com ele verde, [pausa] nunca o cesto fica bom.
Porque [vocalização] o vi- o vime está verde, quando vem o cesto a secar, o cesto fica molencão,
Ne- Nem se pode acalcar bem.
E Mas ele o bom do vime preto – agora já n- já não há disso – era:
as casas, muitas não tinham chaminé,
era um um fumeiro, como a gente lhe chamava.
como é da chaminé para lá não tinha não tinha sobrado por cima.
INF Ficava tudo aberto até acima.
O fumo da cozinha saía para cima.
E E o vime, o vime era cortado
e [vocalização] e deitava-se ao fumo.
Estava no fumo até para diante, Agosto, Setembro.
Quando era nesse tempo [pausa] deitava-se na água salgada.
Ele estava três semanas na água salgada.
E [vocalização] E fazia-se então ou ou a sebe, ou o cesto, ou o co- ou o que se precisava e o que o vime dava.
Eram então melhores do que estes que se fazem agora verdes.
INF O [vocalização] vime era bom de trabalhar
e o cesto era mais resistente,
Estes ele dá dá-lhe caruncho.
[pausa] O [vocalização] E também já não se precisa de cestos.
Já Já não se usa estrume,
Para que eles querem cestos e sebes?!
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