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Castro Laboreiro, excerto 8

LocalidadeCastro Laboreiro (Melgaço, Viana do Castelo)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Albertina Alcina Alarico

Text: -


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[1]
faz a serra assim,
[2]
e depois depois desce-se [pausa] para ali
[3]
e desce-se para este lado.
[4]
INF3 Não, não .
[5]
INF2 Não.
[6]
Oh!
[7]
INF3 Não é assim.
[8]
INF2 Depois, olhe, sabe o que passou?
[9]
Ele chegou à, à à porta da espanhola ela está esquecida ,
[10]
chegou à porta da espanhola
[11]
E ele adorava a espanhola!
[12]
Simplesmente, naquela noite, ela que fez?
[13]
Ela tinha era supersticiosa, a rapariga.
[14]
Mas ele descobriu naquela noite.
[15]
Espreitou por o buraco da fechadura.
[16]
E ela que tinha na borralheira?
[17]
Como ali Como ali no [nome] chamava-lhe eles a borralheira [vocalização] tinha um sapo.
[18]
Então estava a picar o sapo com um [vocalização] garavato um garavato que é daquilo; chamam-lhe eles garavato um pau daqueles.
[19]
[vocalização] Picava o sapo
[20]
e dizia assim: "Sapo, sapão, ele o castrejo virá ou não"?
[21]
E estava ca- naquela [vocalização] naquilo naquela festa com o sapo.
[22]
INF3 Naquela festa.
[23]
INF2 E o rapaz a espreitar.
[24]
Assim que viu aquilo [pausa] disse:
[25]
INF3 "Acabou".
[26]
INF1 "Acabou".
[27]
INF3 Deu a volta.
[28]
INF1 "Ela é uma bruxa!
[29]
Eu não a quero para nada".
[30]
INF3 Agora segue tua mãe que sabe melhor.
[31]
INF2 Maldita espa Maldita espanhola!
[32]
INF3 Deu a volta.
[33]
INF1 Ah, ele foi .
[34]
INF3 Deu a volta.
[35]
INF1 Chegou
[36]
e deu a volta.
[37]
Ora foi onde à rapariga
[38]
e deu a volta.
[39]
INF3 Deu a volta a caminho de [nome].
[40]
INF2 Não [vocalização].
[41]
Mas, entretanto, em casa, a madrinha [vocalização]
[42]
INF3 Soltou o cão.
[43]
INF2 Não.
[44]
A madrinha cono- começou-se a sentir mal.
[45]
INF3 E soltou o cão.
[46]
INF2 Pois.
[47]
INF1 Ó mulher, mas a história, a história o cão é um,
[48]
e a história do rapaz é outra.
[49]
O rapaz chegou à porta da rapariga
[50]
e passou aquilo
[51]
[pausa] e ele voltou para trás.
[52]
INF3 E deu a volta.
[53]
INF1 Voltou para trás.
[54]
E ele chegou, ao subir na serra
[55]
INF3 Era muito [vocalização] A serra faz isto.
[56]
INF1 Pois faz isso.
[57]
INF3 E vinha um bocado cansado;
[58]
e pôs-se a descansar à beira do carvalho.
[59]
INF1 À beira dum carvalho
[60]
Havia uma árvore grande, um carvalho grande.
[61]
INF2 Um castanheiro.
[62]
Um castanheiro montanhês.
[63]
INF3 Era [vocalização] carvalho, filha, que eu ainda me lembro d- dos bocados dele.
[64]
INF1 Era carvalho, Jesus.
[65]
[pausa] Ai Jesus!
[66]
INF3 Era um carvalho.
[67]
E depois, de, o lobo veio o lobo
[68]
e tapou-o com folha.
[69]
INF2 Não, pai.
[70]
Era no Era na estação do Outono.
[71]
A árvore estava sem folha.
[72]
INF3 Tapou.
[73]
Tapou-o com folha.
[74]
Tapou-o com folha.
[75]
INF2 Muito obrigada, porque era no Outono, a folha estava seca.
[76]
INF1 Pois estava.
[77]
INF2 E foi quando o lobo
[78]
INF3 Tapou-o
[79]
e chamou por os outros.
[80]
INF2 O lobo, o lobo ta- O lobo ta- [vocalização] sentiu rug- rugir as folhas
[81]
não o chegou a tapar.
[82]
Ao Ao calcar as folhas, as folhas deram-se
[83]
e ele co- com com o medo [vocalização], chegou por cima do rapaz,
[84]
fez chichi no rapaz.
[85]
Não tapou nada.
[86]
[pausa] Apertou-se-lhe
[87]
e de- e fez chichi no rapaz.
[88]
INF3 [vocalização] Mas e [vocalização] chamou por os outros.
[89]
INF2 Mas é que depois é que foi chamar por outros .
[90]
INF3 Chamou por os outros.
[91]
E ele ao [vocalização] sentir o chamar a uivar: uuuuu, [vocalização] a chamar por os outros , enfiou-se pelo carvalho acima
[92]
[pausa] e o cão.
[93]
o cão era o.
[94]
INF1 Mas o cão,
[95]
pára.
[96]
Ele enfiou-se pelo carvalho acima.
[97]
E depois havia um barulho na, na, na na casa da da mãe.
[98]
Porque a madrinha [pausa] sentia ganir o cão na na corte.
[99]
E o cão enderençava-se por as portas arriba
[100]
e gania.

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