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Castro Laboreiro, excerto 23

LocationCastro Laboreiro (Melgaço, Viana do Castelo)
SubjectO lenhador e o forno de carvão
Informant(s) Albertina Alarico
SurveyALEPG
Survey year1989
Interviewer(s)Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF1 Isso é o canhoto.
[2]
Isso chama-se um canhoto.
[3]
[pausa] O canhoto da urzeira é que para fazer o carvão.
[4]
INF2 É que É que para isso.
[5]
INF1 É que arrancava-se o o canhoto da urzeira, por baixo, e deitava-se
[6]
Não se tapava com terra.
[7]
INF2 Não.
[8]
Fazia-se uma buraca.
[9]
INF1 Fazia-se uma buraca em terra, assim, de arredor.
[10]
Uma buraca.
[11]
INF2 Acendia-se Acendia-se, então, com uma com umas
[12]
INF1 Com umas fronças.
[13]
INF2 Chamavam-se fronças, assim com um [vocalização] bocadinho de restolho daquele da urze que se chama agora.
[14]
Era urzeira.
[15]
E depois faziam o carvão.
[16]
INF1 Depois, ali, metia-se começava-se a a fazer ali uma, um assim uma
[17]
INF2 Chamava-se a buraca.
[18]
INF1 Chamava-se a buraca do carvão.
[19]
E depois botava-se ali muitos muitas [pausa] raízes dos das urzeiras canhotos, .
[20]
E depois, ao fim, começava-se a mexer assim com um gravatinho
[21]
e fica o carvão.
[22]
INF1 Nem todas as pessoas faziam.

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