Representação em frases
Assanhas (Figueiró da Serra), excerto 9
Texto: -
INF1 O alecrim também é bom para chá.
O alecrim [vocalização], fazem-se defumadoiros quando está trovoada.
Dia de Ramos, levávamos à igreja, [pausa] loureiro e alecrim.
E depois temos para todo o ano – as cruzes!
INF1 Olhe, ainda aqui tenho as cruzes.
A cruzinha [pausa] não sei onde é que eu a pus.
[pausa] Olhe, olhe Olhe, tem até aqui a [vocalização] fazer uma [vocalização] cruzinha de de loureiro [pausa] e de oliveira e de alecrim.
Dia três de Maio, pomos asquelas cruzinhas nas casas, que depois diz que faz bem às trovoadas.
Quando está a trovejar muito, nós fazemos e pomos isto nas brasas.
INF1 A fazer fumo que faz bem aos, ao aos relâmpagos e às trovoadas.
INF1 Pomos no dia três de Maio
INF1 – é que pomos nas casas.
INF1 Dia de trez- [vocalização] Dia três de Maio
INF1 chamavam o chamavam-no dia de Santa Cruz.
INF1 No dia três de Maio, chamamos nós o dia de Santa Cruz.
INF1 E depois era o dia que púnhamos as cruzinhas na…
Até as íamos pôr às searas do pão e tudo!
[vocalização] O loureiro e a oliveira e o alecrim.
INF1 Levávamos isso tudo, [pausa] dia de Ramos, no domingo de Ramos, à igreja.
Levávamos asqueles molhinhos – e ainda agora levam –
e e temos então lá em casa…
Quando as trovoadas [verbo] assim que está muito a trovejar – aquelas trovoadas muito fortes –, irmos imos fazer um defumadoirinho, na cozinha, na lareira.
Com aquele fumo, diz que arrama a trovoada.
INF2 Toda a vida assim fazíamos.
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