Representação em frases
Fiscal, excerto 2
Texto: -
INF É uma pesqueira, vá, que é um uma coisa [vocalização] que veda, que está ao ao desnível.
A água de cima fica mais encorada de que a água de baixo, não é?
Por exemplo, agora o rio cresceu;
Mas no Verão, [vocalização] não.
[vocalização] No Verão, fica encorada na pa- na parte de cima,
e na parte de baixo lá fica só a que tem.
e vem ter aqui ao pejeiro onde eu tenho para pôr a azenha a moer.
INF [vocalização] Ela própria.
Eu tapo muito bem a tal pesqueira – não é? –,
INF muito muito bem tapadinho,
e [vocalização] e a água chega ali – não é? –,
já não já não vai para baixo, para o rio de baixo, tão com facilidade, não é?
, a encorar, a encorare ela depois vem,
Ora bem, se for um Verão muito seco, é preciso encorar muito, [vocalização] muito tempo
e [vocalização] e depois dá assim um poucochinho de tempo para para moer;
se o Verão não for assim muito seco, – quê? –, duas horas já encora,
já eu posso moer aí uma hora, ou duas horas.
Já me dá para eu moer [pausa] um bocadinho.
É É praticamente aos encoros.
Ela é que vem directamente.
INF E eu, ela é encorada aqui
e depois vem directamente para o pejeiro.
Levanto ao nível [vocalização], o que precisar para moer a azenha.
Bem, é ma- é mais do que uma tábua.
INF São do-, do- São dois barrotes e depois umas tábuas atravessadas, [pausa] até até tapar a água em baixo;
INF e depois em cima leva outros três travessinhos para a gente meter a tranca para, um pau, vá, uma que chamamos nós uma tranca, para levantar para cima.
INF Vai por baixo bater numa ro- na roda que está aí [pausa] lá fora.
Essa roda está [vocalização], ora bem, [vocalização] montada num num, chamamos nós um eixo,
INF que vem aqui de baixo, que chamamos nós o cabouco, que já tem…
INF Pois, por a parte de baixo do moinho.
Que tem [vocalização], vá lá, um ferro – não é? –,
aquele ferro está ali colocado
e [vocalização] e depois tem um carrinho para cima, que é que faz depois moer aqui a pedra.
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