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Fiscal, excerto 22
Text: -
INF Depois, para tirá-la da urdideira, [pausa] ora bom, depois a gente cortava os fios,
atava-os para que se não juntasse as [pausa] a cruz, para que a cruz se não juntasse;
e depois então uma segurava na urdideira, para deixá-la vir pouco a pouco,
um uma parte, metia dentro doutra, uma dentro doutra, que era para não enrodilhar.
INF E fazia aquele espécie de um cordão.
Deitava para dentro dum dum cesto, ou duma balaia, ou lá como quisesse, onde quisesse [vocalização] pousar,
depois trazia para a beira do [vocalização] tear
e depois enfiava aquilo então num restelo.
Com aqueles coisinhos todos.
Naquele restelo, em cada um punham um cadilho, um cadilho em cada em cada buraquinho.
INF E depois engatava-se no na parte do tear…
E depois então, por exemplo, a a mais sabida, vá lá – a que sabia urdir e a que sabia pôr no tear
–, saltava para dentro do tear e pegava no restelo.
E o [vocalização] o algodão passava por baixo do tear, numa nuns travessos que tinha,
e punha-se um atrás a puxar pelo rabo – chamava-lhe a gente o rabo,
INF A puxar por o algodão para trás.
E havia um, que havia quatro fogueiros, [vocalização] dois fogueiros – fazia quatro bombas –, que se metia no no órgão,
chamava-lhe a gente o órgão – que é aonde enrolava o o algodão…
Um puxava, [pausa] sempre a enrolar;
o outro puxava para trás pelo rabo, para não deixar ir depressa para aquilo ficar bem estique;
e a tecedeira ia sempre pegando no restelo e dando sempre um jeitinho para que os cadilhos ficassem separados uns dos outros porque senão depois enrodilhava a teia.
Tinham que passar ali direitinhos ali no restelo porque se houvesse uma troca de fios:
que depois [vocalização] era difícil de uma pessoa lhe poder [vocalização] ajeitá-lo.
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