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Granjal, excerto 23
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Assim quando mancam duma perna, que é mais curta que a outra, como é que se chama?
Porque teve qualquer coisa, sabe?
INF1 Teve uma paralisia, ou…
INF2 A da minha Ernestina…
INF2 A da minha Ernestina [pausa] foi um ar.
INF2 E elas não queriam saber de atalhar o ar.
[pausa] Mas a a perna já estava…
INF2 Quando lhe deu o ar, foi para o, para o para o ribeiro.
INF1 Um ar é muito perigoso!
[pausa] A pequena ia quente.
INF2 aquele ar daquela daquela frialdade das pernas, da da água.
Era num grito, num grito, num grito!
Mas veja, os médicos não querem saber dessas coisas.
Não querem saber disso para nada.
INF2 Era bisnagas para esfregar.
Quanto mais esfregava, mais doía.
INF1 A gente é que atalha o ar.
E a gente tem um lenço da cabeça.
E tira-se o lenço da cabeça
e e estende-se assim numa mesa.
E a gente vai puxando a assim.
Mede os palmos que tem o lenço até ao cabo.
E se for ar, o lenço cre- mingua.
Não tem a, a o que tinha.
Supomos que o o lenço chegava daqui aqui, não é?
Mas se for um ar, e que a gente atalhe o ar e que meça, falta sempre um…
Então a gente atalha-lhe o ar.
E depois torna a perna ao seu lugar.
E há pessoas que até ficam aleijadas porque não sabem o que aquilo é.
E E os médicos não dão com isso.
INF1 É É com umas palavras que se dizem.
[pausa] "Se és ar, ou quebranto, ou olhado, saia deste corpo como o sal sai do mar sagrado".
INF2 "Em louvor do Santíssimo Sacramento"…
INF1 "Sacramento, esta alminha sare no momento".
INF2 "Todo este mal seja atalhado".
INF2 Diz-se assim umas palavrinhas.
INF1 Com alecrim, ou loureiro ou.
INF1 Ou Ou uns canelos [pausa] dos dos animais.
INF1 Os canelos dos animais é aquelas ferraduras que trazem nos…
INF1 Ou uns guilhos [pausa] do moinho.
Os guilhos dos moinhos é, é são umas pedrinhas lisas.
E isso, se for ar, a gente mete-o no vinagre, em vinagre quente.
E se não for ar, não estoira.
E também se atalha com três com três carvõezinhos.
Com os carvões também se atalha bem.
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