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Granjal, excerto 25
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INF1 Olhe, a minha netinha, a que está lá em Lisboa, a a tolita, a que é é tolinha.
Tenho uma neta mui- já com vinte e seis anos que é doidinha.
Não é assim bem doida, coitadinha!
Foi a meningite que lhe deu, pequenina.
INF2 Foi a meningite que lhe deu de pequenina.
Mas essa minha netinha, foi a meningite
e quan- e quando nasceu, logo quando nasceu, entrou para ela um espírito marinheiro!
Olhe, a senhora não se lembra que ela ia a uma faixa de palha,
ia para o pé do tanque, para a água:
Tal e qual como o pescador botava o anzol para pescar, assim ela andava sempre com as palhitas.
Ou uma linha que encontrasse no na rua, andava sempre assim.
Em volta daqueles tanques todos.
E nunca caiu a um tanque!
E quando fomos co- lá àquela que havia ali ao pé de Moimenta, ao Castelo…
Ela disse-nos assim: "Essa menina não é média.
É pena ela não ter vocação que se possa governar.
Porque entrou para ela, logo quando ela nasceu, um espírito pescador".
Ao nascer, ao nascer, veja lá!
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