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Larinho, excerto 11
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depois aquilo – chamavam-lhe fiar –,
preparavam-na bem preparadinha, quem sou- quem sabia – não é? –, fiavam-na,
fa- faziam aquilo num molho – como agora um molho de lã, um rolo de lã.
Depois faziam uma camisola.
Aquilo era coisa em condições!
INF1 Mas agora já não há quem faça isso,
Agora a gente compra-as feitas…
Sabia a minha mãe e as antigas.
INF1 Agora estas pessoas novas, ninguém sabe fazer isso.
INF1 Agora, compra a gente as coisas todas feitas a m- a imitar a lã das ovelhas.
INF1 [vocalização] Oh, vagar!
Por acaso, isso era, era, era era grande…
Era Era uma coisa que valia muito dinheiro.
INF1 Faziam também os cobertores.
Bem, cobertores até ainda hoje é capaz de haver.
Porque eles compram-na [vocalização],
para essas coisas deve ser.
O que, é claro, já é natural que já lhe misturam mais coisas
porque a gente vê a- as roupas a vender
INF1 Fazem-lhe outras misturas, à lã, e outras misturas e tal…
INF1 Agora antigamente faziam-nas só da própria lã –
era dos tais cobertores que eu dizia que punham às costas duma pessoa –,
isso isso, uma pessoa, aquilo…
O pêlo é como os pêlos da gente:
aquilo ficava assim fora.
INF1 Isso é coisa que não sei.
Nunca vi essa fábrica de fazer isso.
[vocalização] Chamava-lhe a gente, quer dizer, escová-la bem escovadinha.
[vocalização] Aquilo depois de [vocalização] estar lavadinha, estendiam-na na, no numa tábua assim alta,
e aquilo – como quem penteia uns cabelos!
INF1 Como quem penteia uns cabelos, e tal.
Aquilo [vocalização] ficava bem penteada, bem preparadinha.
chamavam-lhe uma roca para a para a fiar,
INF1 para a enrodilhar, pôr num rolo.
INF1 E então depois pegavam a fazer a camisola.
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