Representação em frases

Vale Chaim de Baixo, excerto 55

LocalidadeVale Chaim de Baixo (Odemira, Beja)
AssuntoO moinho, a farinha e a panificação
Informante(s) Cirilo Cloé

Texto: -


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[1]
INF1 Mas [pausa] vamos à parte do moinho.
[2]
INF1 Pois.
[3]
INF1 Tem.
[4]
Tem,
[5]
tem.
[6]
Tinham o Tinham o rodízio.
[7]
INF1 Era o rodízio mesmo.
[8]
Aquilo era
[9]
INF1 Era tudo o rodízio do moinho.
[10]
E depois um, o [vocalização] o rodízio tinha tinha um veio.
[11]
Pois, tinha o veio do do moinho que vinha a dar por cima no nas moses.
[12]
INF1 Pois.
[13]
Na, na Nas moses.
[14]
E nas moses, depois, tinha então os taipais.
[15]
Tinha os tais taipais à frente da roda das, da das moses
[16]
e então tinha a alavanca.
[17]
Pois.
[18]
INF1 Ti- Tinha a alavanca que era para subir mais ou descer mais.
[19]
Pois.
[20]
INF1 Pois.
[21]
Era isso.
[22]
Isso, para, para Sim, para fazer farinha mais miúda ou mais grossa, conforme quiser quiserem.
[23]
Às vezes, aquilo, também baixavam mais
[24]
e levantavam mais
[25]
e era assim.
[26]
INF1 E depois o moinho tinha
[27]
INF1 Pois, tinha, tinha, tinha, tinha tinha a tolda para correr para dentro do coiso, do, do [pausa] para dentro das moses.
[28]
Pois.
[29]
INF1 Era onde se punha o grão
[30]
e depois corria para dentro das moses.
[31]
INF1 Depois tinha
[32]
INF1 Tinha Como é que chama?
[33]
INF1 Ai, como é que chamavam àquilo?
[34]
INF1 Muletas.
[35]
Muleta.
[36]
Era a muleta.
[37]
Chamava-se a muleta que era aquela coisa torta
[38]
INF1 que ia batendo na .
[39]
Era a muleta.
[40]
Pois.
[41]
INF1 Era para o trigo correr.
[42]
INF1 Pois.
[43]
E depois a outra parte é que tinha
[44]
Ruído de motor vão mais!
[45]
INF1 Porra!
[46]
[pausa] Andam para carregados de zorras, com certeza.
[47]
Risos Tinha a muleta.
[48]
INF2 Era o Clódio?
[49]
INF1 ?
[50]
Era.
[51]
Tinha a muleta essa coisa chamavam-lhe a muleta de daquela coisa ,
[52]
e o que é
[53]
[vocalização] E tinha tinha depois
[54]
para para picar as mós tinha então as cunhas
[55]
INF1 levantavam a ,
[56]
para picar a , tinha uma picadeira, pois.
[57]
Pois.
[58]
INF1 A farinha corria à beirada das moses.
[59]
Da de baixo.
[60]
INF1 Caía para cima dum, d- do trado, do trado do moinho.
[61]
INF1 O trado
[62]
Oh, o trado?!
[63]
O estrado,
[64]
vamos, o estrado.
[65]
INF1 Pois, vamos ao estrado do moinho.
[66]
É o estrado do moinho.
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INF1 Corria para o estrado do moinho.
[68]
INF1 E depois, como corria para o estrado do moinho, aquilo ia ali ajuntando
[69]
e depois vinham ali com a palheta
[70]
[pausa] e apanhavam
[71]
e metiam para dentro dum saco.
[72]
INF1 E o trigo, hum?
[73]
INF1 Tinha uma alcofa muito grande,
[74]
[pausa] pois, uma alcofa grande, e punham-se então
[75]
Ali ao dessa alcofa, tinham um joeiro
[76]
[pausa] e joeiravam o trigo.
[77]
Pois.
[78]
Joeiravam o trigo para dentro dum duma coisa que tinham ali, o feitio de
[79]
Pronto!
[80]
Vamos ver,
[81]
aquilo era o feitio de
[82]
INF1 Uma Uma espécie duma caixa.
[83]
INF1 Espé- Espécie dum joeiro, mas sem sem nada.
[84]
INF1 Pois, sem buracos.
[85]
Que era Que era para outar o trigo.
[86]
Era outado.
[87]
INF1 Outado.
[88]
INF1 Pois, outar o trigo.
[89]
Pois.
[90]
INF1 Outar era
[91]
INF1 Pois.
[92]
INF1 Faziam assim.
[93]
INF1 Para tirar as impurezas, os seixos e as pedras e as ervilhacas
[94]
As pedras e e aqueles casulos e as ervilhacas
[95]
INF1 vinham ficando tudo atrás,
[96]
e com o joeiro era para joeirar.
[97]
INF1 Pois.
[98]
E aquilo era para outar.
[99]
Chamava-se outar.
[100]
INF1 Era espécie duma bandeja mesmo, espécie duma bandeja, uma coisa assim redonda assim

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