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Lavre, excerto 18
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Isso é uma coisa que já lhe dão outro nome.
quer dizer que é um porco que está a engordar,
e [vocalização] e as mulheres é que chamam…
Dizem assim: "Tenho lá um cevão"!
Que é por estarem sempre [pausa] a alisar.
Porque o porco [pausa] para engordar bem tem que ser muito acarinhado.
O porco é um bicho – um animal, vamos lá, um bicho não é; é um bicho à mesma, mas é um animal – que tem uma certa coisa:
para engordar bem, é preciso…
Há pessoas – isto é coisas que eu sabia que era assim –
Uma tinha um porco ali, outra tinha outro porco além em baixo – da mesma idade, irmãos, e tal –,
por exemplo, hoje puseram forças, apartavam-nos,
Enquanto um punha seis arrobas, outro punha só quatro.
Porque um era muito cevado e outro não era cevado.
Quer dizer que um era passado, pelas mulheres, limpavam-no, [vocalização] diziam: "ai meu"… –
estavam sempre a cevar nele.
INF Estavam sempre a cevar nele, enquanto o porco estava ali a comer.
E a outra punha-lhe o comer
aquilo fazia uma grande diferença.
INF Era o porco que estava na, na nas cancelas.
INF Pois gostam, sim senhora.
Que havia aqui uma mulher aqui em Lavre, [pausa] que até se admiravam como é que aquela mulher engordava um porco tão depressa.
Tão depressa, tão depressa, tão depressa, que…
O animal era engordado num instante!
Porque ela passava os dias lá ao pé do porco, a tratar do porco, tudo, limpar tudo muito bem limpo…
mas também gostam das coisas asseadas.
mas gostam das coisas asseadas.
E aquela mulherzita tratava daquilo duma maneira…
Os porcos [vocalização] medravam ali de dia para dia que era uma beleza!
INF Tudo tem a sua coisa, pronto!
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