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Ponta Garça, excerto 52
Text: -
INF Isso é mais uma ideia daqui.
INF Isso é um fuso daqui.
INF Mas isso é só para mostrar que elas tinham uma rodinha dessas assim em baixo.
INF Havia umas que tinha era ele uma verga.
E outras era mesmo de madeira,
INF assim fininho, larguinho em baixo,
INF que isso também era mais comprido.
INF Até que pode ir ver esse que eu fiz novo,
INF o fio é [vocalização] mais comprido.
INF Porque ele esse é comprido porque isso partiu daqui.
INF É porque ele isso é daqui.
Mas eu guardei porque como era uma coisa muito antiga, guardei.
E elas estavam aqui, a dar-lhe o jeito sempre.
E a vara, elas metiam-na aqui na cintura, a cana.
INF A cana que tinha a maçaroca.
Elas estavam assim aguentando,
e [vocalização] elas tinham lá a sua prática com os seus dedos, porque aquilo quando [vocalização] coisa, elas – ou com esses –, elas davam jeito para o fio ir tudo no mesmo tear.
E elas estavam aqui [vocalização] fazendo isso.
Isso eu nunca [vocalização] aprendi,
Porque a gente iam buscar a lã…
Aquela [vocalização] [pausa] A senhora Ângela [pausa] que morou…
Ela morou ao pé do café do do Anatólio.
E ela [vocalização] é que nos fiava a lã.
A gente iam buscar dum lado
e iam levar a ela para fazer o [vocalização] o fio.
E ela lá é que nos fazia o [vocalização] o fio,
e a gente depois iam buscar.
Ela, às vezes, dava em meada;
e quando ela não nos dava em meada, ele [vocalização] ela dava-nos em novelo.
Mas era sempre uma libra.
o dinheiro, era por libra.
Isso a gente nunca aprenderam.
Uma libra é oitocentas gramas porque eu cheguei a ter as pedras – e eu acho que ainda tenho isso guardadas por aí.
Mas eu não sei donde foi que eu as pus.
mas já muito [vocalização] velhinha.
Ela está arrumada nu- é numa caixa.
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