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Melides, excerto 17
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INF Só levandem alguma porrada que se partam.
INF Uma vez é que uma senhora aqui – era uma tia da minha mulher – ia ali a um rapaz que tinha uma oficina lá em baixo…
aquilo já há uma porrada de anos.
E depois ele não tinha lá púcaros, para fazer o café, cozidos.
E o ba- E o barro era encarnado
parecia aquilo que estava cozido.
Risos E depois diz: "Então e não vendes-me um púcaro destes, Ilídio"?
"Não lhe vendo, não senhor!
Estás-me é a querer enganar!
E ela tanto, tanto, tanto chateou o moço, vendeu-lhe o púcaro.
Ora, o púcaro estava cru!
vá, encheu o púcaro de água.
[pausa] O púcaro lá ao lume
e, olhe, lá se foi governar.
Daí a bocado quando veio de lá, já aquilo estava tudo esborralhado,
guerreou com ele: " Me enganaste"?!
Então mas não lhe disse uma data de vezes que a senhora que isso não estava capaz!
não tenho a culpa que eu bem lhe disse"!
Risos [vocalização] Ora, pois a senhora estava zangada com ele porque tinha-o enganado.
Então aquilo não estava cozido!
Ele não lhe disse logo uma data de vezes que aquilo estava cru?
Ela queria era levar o púcaro que tinha muito preciso.
Quando veio de lá aquilo estava tudo esborrachado .
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