Representação em frases
Melides, excerto 43
Texto: -
Alguns chamam-lhe um pinheiral mas eu como…
INF O mais antigo era pinheiral.
Ah, eu ainda me lembro de de ouvir falar…
Oh, os antigos pois não sabiam dizer nada,
Que eu, no tempo dos meus pais e dos meus avôs e dessa família, [vocalização] era um pinheiral,
e era tudo assim sucessivamente.
Quase tudo os nomes não não, não…
Quase Quase ninguém sabia dizer as palavras como elas eram.
INF Pois, mudaram as palavras mas mesmo mesmo dessas…
[vocalização] Não sei, ele, pois…
INF No povo parece que falavam mais doutra forma.
Tanto que i-, que iam, iam um camponês ia [vocalização] a qualquer vila, não era preciso não era preciso perguntar a ninguém para eles saberem logo que que eles que eram do campo.
Ou vinha Ou vinha um homem da vila cá cá para para o campo – também calhava às vezes –,
[vocalização] estes cá conheciam-nos logo.
Ele até até pelo andar, parece que eles que os conheciam – que os conheciam logo.
E hoje em dia não se conhece!
Há alguns que são nascidos aí n- nessas serras,
ainda parece que que eram uns lugares que – como até agora – que eram quase como os bichos.
Mas não se conhece lá nada disso, hoje em dia, agora cá!
Ainda agora aí passou um rapaz que mora nos [nome próprio] – que é uma casa que chamam os [nome próprio], além num nuns serros –, que aquilo é longe de coiso,
O rapaz anda andou aprendendo a ler,
e agora anda no estudo, que ele é como os outros.
É como aqueles lá da vila.
E como àquele há aí – sei lá – dezenas e centenas deles, aí para por toda a parte.
Pois, não há já mais, porque eles é
aqueles que que andam assim mais no estudo, vêm para, por, p- para bons sítios.
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