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Bandeiras, excerto 4

LocalidadeBandeiras (Madalena, Horta)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Balbino

Text: -


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[1]
[pausa] E quando se parece, um sapateiro vai
[2]
e reclama que ele que tinha cortado as cabeças do bicho, e que tinha salvado a filha do rei.
[3]
[pausa] Toca o rei a chamar o sapateiro para o sapateiro casar com a filha.
[4]
A filha quando viu o sapateiro disse ao pai que não era ele.
[5]
E ficou sem falar.
[6]
Mas o pai, como ele tinha palavra de rei, e obrigou a filha, como ele tinha dito, a casar a casar com ele.
[7]
Estavam-se aparelhando para casar
[8]
e este homenzinho vinha à aldeia
[9]
e ouvia dizer que a filha do rei que tinha escapado e tal, mas que ia-se casar com um sapateiro, tal, e esta coisa assim.
[10]
E o gajo andava por ali
[11]
e vai na véspera do dia de ele se estar a casar
[12]
e manda os cães à casa do rei, ao quintal, fazer perca, ao quintal do rei.
[13]
E os cães foi fazer perca ao quintal do rei.
[14]
Os cães eram como uns cristães,
[15]
tudo o que se mandava fazer, eles faziam.
[16]
[pausa] Bem, tal com tanto foi que foram fazendo perca, foram fazendo perca, tanto o rei que não pôde e vai
[17]
Mas ele ela quando viu os cães disse ao pai: "Ó pai, o cão do esposo"!
[18]
Dizia ao pai.
[19]
a fala que ela dizia é quando via os cães.
[20]
Os cães caminhavam,
[21]
o rei não sabia nada dos cães.
[22]
Ninguém sabia mais dos cães.
[23]
O rei Foram andando
[24]
e na véspera de casar e tanto foi que o rei obrigou-a e fechou o sapateiro e ela num quarto, [pausa] para casar com ele.
[25]
Não havia maneira nenhuma!
[26]
Quando no dia do casamento, obrigada a casar, [pausa] veio o dia do casamento
[27]
e toca a caminhar para ele para se casar, aparelhar-se para se para se casar.
[28]
Este homenzinho que era dos cães e da espada e sabe o dia do casamento
[29]
e vai,
[30]
bota-lhe à casa do rei [pausa] a pedir uma esmola.
[31]
Ela, vestida de noiva para casar com o sapateiro, sem falar com o sapateiro, e quando este homenzinho disse: "Ó pai, o"!
[32]
"O"
[33]
queria dizer que o seu noivo, o seu marido, que era aquele.
[34]
Toca a chamá-lo para dentro.
[35]
Chamam o homenzinho para dentro,
[36]
toca o homem
[37]
confessa: "Sim senhor.
[38]
Por acaso foi assim passado".
[39]
Então o homem esteve contando a sua vida como é que tinha sido, com os seus pais e os seus irmãos, essas coisas todas.
[40]
E, por acaso, se o rei se quisesse saber a ve- bem a verdade, tinha os sete
[41]
Porque tinha vestido sete vestidos à sua filha, e todos os sete cada um de sua cor,
[42]
e puxou o [vocalização] pa- os sete vestidos pa- [vocalização] os sete pedacinhos de vestidos para [vocalização] para [vocalização] testemunhas.
[43]
Toca o rei de ir à roupa da filha, que ele não tinha dado por isso ainda.
[44]
Foi na roupa da filha,
[45]
os sete vestidos todos cortados pela beirinha.
[46]
E disse assim: "E o senhor para provas ainda, se quiser saber, vai às sete cabeças,
[47]
se não faltam sete pedacinhos de língua.
[48]
Também estão aqui".
[49]
Bem, toca [vocalização]
[50]
não se casou o sapateiro.
[51]
Toca o sapateiro,
[52]
toca a chamar a tropa toda e [vocalização] perguntar a ele o que é que se fazia a ele.
[53]
A filha vai,
[54]
toca o a tropa e o pessoal, a vizinhança toda ali, a ver um [vocalização] de justiça com o sapateiro.
[55]
Foi chamar quatro cavaleiros dos seus, para uma encruzilhada do caminho,
[56]
amarraram o sapateiro e [vocalização] por uma perna e por um braço
[57]
e e meteram-lhe às esporas o cavalo
[58]
e rebentaram o sapateiro ali.
[59]
E ele casou, o tolo
[60]
Está o tal tolo casado com a, com a com a filha do rei.
[61]
E era tolo.

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