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Ribeiras, excerto 11
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INF1 Não senhora, não senhora.
INF2 É quando a baleia está morta, só para abrir o buraco.
É passado um cabo como o Balduíno pode explicar…
INF1 É passado um cabo à baleia, ao rabo da baleia, para puxar mais acima, para a gente fazer onde for preciso o buraco, para passar o cabo do bote.
INF2 Mas já explicaste à senhora o [pausa] as três bandeiras?
A branca, a vermelha e a azul.
INF1 Pois temos três bandeiras
temos: bandei- branca, vermelha e azul.
Qual é o significado delas bem, bem certo?
A gente puxa qualquer uma,
mas há essas bandeiras têm um significado, a cor.
põe a bandeira vermelha no ar.
Para dar sinal à lancha, ou chamar o bote da companhia ou outro bote, para a gente dar o sinal que a está vendo.
E para permitir que se mate outra ba- mais que uma baleia, pois deixa-se a bandeira atrás, presa na baleia, para a gente ver ao longe a bandeira em cima da da baleia, sabe?
Quando a gente estamos naquelas naquelas ânsias, a gente bota deita a mão a uma
e já sabem que têm de acudir, de qualquer maneira.
[vocalização] Eu creio que não tenho mais que explicar à senhora.
Temos Usamos também uma faca lá adiante, em caso de emergência, para cortar, e uma uma machadinha, caso se parta o mastro do do bote, fazer um um pé para botar no seu lugar.
E para cortar também a linha num caso de rápido é com a machada.
um homem laçado ou uma coisa pegada no na embarcação.
Ele caso estando o bote também pegado, pois se vai também bota.
Duas caixotas de madeira.
INF1 São caixotes grandes.
[vocalização] Levam uns pares de braças,
levam umas quantas braças.
Le- Deve de levar, sei lá…
Não posso precisar bem as braças.
Ele o Bartolomeu se estivesse aqui ele dizia-lhe sabia-lhe explicar isso melhor.
Mas leva umas centos de braças de linha.
Até, por acaso, temos agora um novo.
Então, Deus nos livre que não fosse.
INF1 Já houve aqui um um bote, aqui de São Jorge,
e já o vi também aqui entre nós
e não vi que ele que fizesse a vantagem.
INF1 Qualquer coisa, sim senhora.
Agora, ele já houve botes daqueles que apanharam.
Mas aqui eles não fizeram a vantagem;
com aqueles nossos, não fizeram a vantagem.
Não sei se aquilo se também não estava bem experimentado, se quê, não sei.
INF2 O bote a motor precisamente para baleia de cardume poderá dar resultado,
agora em baleia grande [pausa] nunca vai.
INF1 Mas eu também não não estou bem dentro do assunto,
INF2 Porque a baleia sente o tremor da hélice , só mesmo a coisa da hélice
e aquilo vai-lhe lá a um parafuso
e ela vai logo para baixo.
Mesmo uma baleia grande ou coisa, não…
E aquele que baleasse com a gente – que eu ajudei a balear juntamente com ele –, e aquele que baleasse com a gente em baleia grande nunca fez…
Agora em baleia de cardume…
Porque a gente, quando é cardume, a lancha vai acima delas
e [vocalização] e às vezes pode calhar a dar uma lançada não na baleia que está trancada, mas sim noutra.
Portanto, não Só em cardume é que aquilo poderia dar resultado.
não são coisas justas, justas.
Mas a gente já calcula pela inclinação da cauda, que ela mergulha, levanta a cauda,
e pela inclinação da cauda…
A gente mais ou menos baseia-se naquilo.
Agora hoje em dia não é tão fácil ele a gente se basear nisso, porque tem muita lancha e pouco bote – mais lanchas e menos botes.
De forma que antigamente era mais fácil de manobrar – não é? –,
porque o homem tinha mais cálculos, mais justos, porque não havia as lanchas.
A baleia ia para onde queria,
e a baleia ia para onde queria.
Mas já hoje em dia, não é bem certo assim.
[vocalização] Às vezes, as lanchas desviam a rota que elas levam.
Mas quase sempre aproxima…
Mesmo que não esteja por baixo, se passar acolá que não vá muito vá muito funda, pois a lancha passou,
o rumor pode-a desviar na rota que ela vai.
É o Sente que é o rumor da hélice.
INF2 Aquilo basta passar uma lancha por cima mais ou menos donde ela saiu…
mas passou uma lancha destas que temos por aí,
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