Representação em frases
Tanque, excerto 23
Texto: -
Tem Tem uma folga, [pausa] à frente e atrás, [pausa] que a gente ande assim, em roda da moenda.
Tem folga [pausa] para a gente.
[pausa] Para vedar a farinha .
INF Era de fo–, ti- A parte d- por cima, era [vocalização] madeira
[pausa] e a roda era toda em [vocalização] neste zinco…
INF Punha-se por causa do pó não voar.
INF Oh, [pausa] era um pano que a gente se punha.
INF Era um pedaço de pano que a gente punha, porque fazia muito pó [pausa] e levantava.
[pausa] E fazia quebras nas farinhas, porque aquilo era a peso…
INF Pois, sim senhora senhora.
INF O meu até tinha duas moendas.
[pausa] depois fazia aqui [vocalização] eram separadas uma da outra
e fazia outra vez aqui mais outra…
INF Cha– Era as quatro moendas.
INF E tinha até do- até folga aqui, que era onde eu me sentava e fazia o serviço.
[pausa] Era um moinho grande.
INF Há uma de moer milho.
[pausa] A que mói milho já não mói a triga.
Que isso já a gente se chama:
a moenda trigueira é que é a que mói o milho,
[pausa] e a moenda alva era a branca.
INF [vocalização] Era como uma pedra mármore.
INF Também [pausa] a maior parte foi tudo de fora.
Mas aqui já havia uma pedreira, [pausa] que já estavam tirando.
[pausa] Já aqui havia uma pedreira
INF que [vocalização] já estavam tirando isso.
INF O tempero era uma barrinha assim deste tamanho.
[pausa] Depois, em baixo, [pausa] tinha u- uma agulha – a gente chamava-se a agulha – [pausa] que ia abaixo
e tinha-se assim um pau atravessado – que a gente chamava-se [vocalização] [pausa] o pau da agulha –
[pausa] e tinha um encaixezinho, que a agulha se assentava
e quando a gente queria que a pedra levantasse ou arreasse, para o tempero da farinha, a gente tinha a tal barrinha – que era o que chamava-se o tempero de a abaixar ou altear.
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