Representação em frases
Porto de Vacas, excerto 20
Texto: -
INF1 Para sair a palha, a que não prestava, assim para o chão.
INF1 [vocalização] Ele era o esterco assim que saía do linho .
INF1 Sim, no fim de o tascar.
INF1 Primeiro era tascado;
depois [pausa] era maçado.
Onde era desca- arranjado era a tasca.
E era então as espadanas.
A espadana, também ainda cá tenho uma uma espadana.
INF1 [vocalização] A espadana era para tirar essa [vocalização] palha miudinha, miudinha.
Pois é, para tirar a aresta do linho.
INF1 Eu espadanava de cima dum cortiço das abelhas.
Num cortiço das abelhas é que a gente espadanava.
INF1 E depois agora, ele levava
INF1 levava muita volta, assim para esse para quem o punha em pano.
depois ele depois dobava-o num argadilho…
INF1 No argadilho e depois era na dobadoura.
INF2 No fim, as meadas é quando i- é quando iam para para, para corar…
é que as meadas eram cozidas no forno com borralho.
INF2 Depois mergulhava-o na água para o, para o linho na- para o linho tomar a [vocalização] muito tempo na água.
No fim de se curtir, tirava-se,
no fim de seco é que se tascava;
no fim de se tascar é que se espadanava.
INF2 E a No fim de espadanado era é que era [vocalização]…
Como é que é que vossemecê disse?
O sedeiro, sedei- sedeiro,
que era para tirar a estofa a estopa do linho.
Tirava a estopa primeiro que era para o linho…
INF1 Então, no sedeiro era era sempre assim,
que só usava essa, e era no sedeiro.
e depois ficava aquele aquele linho a luzir,
aquela que aquilo era depois [vocalização] era que fazia estrigas.
INF2 Chamavam elas [pausa] as estrigas.
Faziam uma trancinha no no linho,
e depois aquelas trancinhas é que era mesmo o linho
Depois ainda tra- ainda se tirava mais duas qualidades de linho:
que era a estopa fina e a estopa grossa.
Aquilo aquilo ainda ainda tornavam a…
Aquela que saía de, mesmo, do, do quando estavam a ripar para o linho, para fazer aquelas trancinhas, era a estopa fina,
INF2 que a faziam para os lençóis de f- de estopa fina.
Depois ainda tiravam outra grossa que ia para as cobertas da da azeitona.
INF2 E depois é [vocalização] …
INF1 Pois era, sim senhora.
INF2 Em uma, eu nunca aprendi a [vocalização] f- a fiar mesmo na roca,
INF2 [vocalização] fiava, de- desde que o criava até que o punha em pano.
Mas eu, eu também nunca soube fiar.
INF2 O meu avô ainda me fez uma roca.
Quando eu era pequenita, ainda me fez uma roca para eu fiar,
mas eu nunca nunca aprendi.
INF2 Mas a minha mãe é que sabia bem tudo.
INF2 Sabia fazer tapetes,
sabia fazer mantas, lençóis, tudo, passadeiras, tudo!
Ela fazia de tudo, tudo, tudo!
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