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Serpa, excerto 13

LocalidadeSerpa (Serpa, Beja)
AssuntoA rega
Informante(s) Aristómaco

Text: -


[1]
INF Tira-se uma licença à hidráulica.
[2]
[pausa] Faz Faz-se ali um murozito
[3]
e aquela água prende-se
[4]
e depois a água [pausa] corre.
[5]
Se puder correr sozinha, corre.
[6]
Se não tiver, nessa altura é posto ali um motor
[7]
e a água, com o motor, segue para o para o serviço adonde faz falta.
[8]
INF Chama-se aquilo uma presa.
[9]
INF [vocalização] Da Fora de águas?
[10]
de- Em água?
[11]
INF o coiso a que chama-se uma nora.
[12]
INF o tanque.
[13]
[pausa] É o tanque, que é para juntar a água.
[14]
INF Porque, geralmente, nas hortas, sempre fizeram assim.
[15]
Faziam
[16]
F- Quer dizer, faziam assim [pausa] quando não havia os motores.
[17]
INF Hoje motores,
[18]
não estão com esse processo.
[19]
Mas quando não havia motores, buscavam sempre mais ou menos o tanque onde as águas depois saíssem dali sozinhas para regar o terreno todo.
[20]
Mas agora, como motores, não estão com isso.
[21]
Fazem um chamam-lhe eles agora uma pieta em ponto moderno, pequeno um tanquezito pequeno, que a gente chama-lhe uma pieta , suponhamos com um metro ou dois quadrado, para com um metro de fundo.
[22]
Esse dito motor lançou a mangueira,
[23]
[pausa] vai correr por o terreno adiante
[24]
As mangueiras de plásticas, como hoje com bastante abundância, para , conforme cai, assim vai correndo, vai alagando a outra terra, a outra, por a- por adonde faz falta.
[25]
INF Quando sai dali, vai a correr por a terra.
[26]
Chama-se aquilo uma regadeira-mestra.
[27]
Pois.
[28]
INF Entr-, entr- [vocalização] Entra para as outras.
[29]
INF Chamam-se a [vocalização] as serventias.
[30]
Pois.
[31]
INF Que é, que é, que é para Que é para dar água às plantas [pausa] que se estão a criar.
[32]
INF Uma regadeira à mesma.
[33]
INF Uma regadeira à mesma.
[34]
Com a diferença que a outra mais pequeninas é a regadeira do cantão e as outras são as mestras.
[35]
São as que vão dando a água para o para os filhos de lado.
[36]
INF Aquela grande é uma [vocalização] é uma regadeira-real.
[37]
[pausa] Pode haver uma regadeira desta sempre em volta desta mesa, que é o [pausa]
[38]
INF que é o a horta que está ali,
[39]
é a regadeira-real.
[40]
Se a regadeira estiver
[41]
INF Pois.
[42]
Muitas feitas de tijolo;
[43]
e outras [pausa] são feitas no Verão, quando faz falta, na terra.
[44]
INF Abre-se-o Abre-se com uma enxada,
[45]
o fulano vai puxando dum lado, puxando doutro,
[46]
depois bateu,
[47]
bateu,
[48]
e a água começa a fazer aquele lisso por baixo e lisso por baixo, pronto.
[49]
Vem-se ao Inverno ,
[50]
INF aquilo desmanchado.
[51]
Não.
[52]
Aqui não é o rego.
[53]
É sempre uma regadeira.
[54]
Pois.
[55]
INF A gente diz assim: "Olha, v-, v- vais mudar a água para a r- para a outra regadeira pequena, ou para a regadeira do meio, ou para a ou para a segunda, ou para a regadeira curta"
[56]
Porque conforme são depois as distâncias é que depois aqueles nomes põe a gente,
[57]
põe a gente para, quando tem outro homem que manda fazer as coisas, para saber, [pausa] sem ir ao , a [vocalização] a dizer-lhe onde há-de fazer.
[58]
INF "Vai
[59]
e mudas para a regadeira pequena, para a regadeira curta, para a regadeira do, do do cantão, do daquele canteiro do do feijão, para o canteiro do milho"
[60]
INF [vocalização] "Para o canteiro da da couve, para o canteiro do melão"
[61]
E então, é assim aquelas [nome] para o fulano que anda a trabalhar por conta desse tipo de patrão sabe o que vai fazer, sem o patrão precisar de ir ao dele.
[62]
INF Se muda a água com uma enxada.
[63]
INF Madeira.
[64]
Cha- Chama-se aquilo uma presa não vês?
[65]
INF Aquele monte de terra chama-se-lhe uma presa.

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