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Fontinhas, excerto 34
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INF2 E então agora vou pondo,
vamos mencionar por aí abaixo os nomes de todos os poetas.
Na nossa época, tu vais-me mencionar o Vitorino Nemésio.
Ah [vocalização], o Antero de Quental já não!…
INF2 Eu também te posso mencionar até o Álamo de Oliveira que estava em [nome próprio].
Es– Esse já é outra coisa.
INF2 Eu posso-te di-, eu posso dizer Eu posso-te mencionar o [vocalização] Reverendo Coelho de Sousa, que é poeta completo, sem dúvidas.
INF1 Esse é um poeta completo.
INF2 Se for um gajo a isso, eu tenho tantos para te nomear.
INF1 Isso é um poeta completo.
INF2 Não, mas o que eu quis-te fazer foi uma imitação do que vai ser o improviso.
INF2 É o Ferreirinha filho.
É o Ferreirinha filho que nunca é o que foi o Ferreirinha pai.
[pausa] É a tal coisa [pausa] das tais tradições.
Por acaso até que o conhecia, já do tempo do Trulu também e do Charrua…
[pausa] Esses não se fala neles!
Isso é de um centenário só.
Faleceram aqueles, pronto.
INF1 Esses, isso é Em cantar, em cantar, pois, nem lhe nem comparo ao Camões.
Mesmo o Camões foi um poeta à sua m-…
Nem conheceu a outra maneira.
INF2 Repare você, a poesia Aí há uma explicação que se pode dar:
a poesia é mais fácil de escrever um poema do que fazer uma cantiga.
INF2 Porque o senhor está a c- Vamos lá a ver, estamos aqui a cantar os dois,
aquele vai-me falar naquela guerra,
vamos dizer que eu não sei que ele vai falar naquela guerra ,
e eu tenho que responder,
tenho que procurar responder dentro do assunto que ele me pergunta.
Ora, enquanto nós se escrevemos poesia, eu hoje escrevo aqui uma frase, por aqui abaixo: "Este quadro é"…
e vou pensando até que escrevo esse poema.
No improviso não pode suceder isso.
Assim que o outro acabar, eu tenho que responder.
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