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Fontinhas, excerto 58

LocalidadeFontinhas (Praia da Vitória, Angra do Heroísmo)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Celisa

Text: -


[1]
INF Agora não
[2]
Agora não tem.
[3]
Agora não tem.
[4]
INF Agora tinha ali um senhor Capristano, do Areeiro, que aquilo ele era como um médico, senhora!
[5]
[pausa] Era tal e qual como um doutor.
[6]
Eu digo como o senhor doutor Elisário me disse um dia: "Ele não é"
[7]
Digo eu: "É um curioso"!
[8]
Diz ele: "Ele não é curioso.
[9]
É um médico [pausa] daquilo que é bom"!
[10]
[pausa] Era então!
[11]
E receitava remédios,
[12]
ia-se buscar à botica,
[13]
e a criatura era um instante para ficar melhor.
[14]
Era, sim senhora.
[15]
Mas era um homem que sabia ler muito bem, [pausa] e tudo o mais.
[16]
Ele pregava galochas!
[17]
O seu princípio foi a pregar galochas.
[18]
[pausa] E no resto foi aquilo daquela maneira.
[19]
Também arranjou muito, que era muito governado mesmo!
[20]
INF Arranjou muito.
[21]
Mas era um médico de primeira!
[22]
E se achava qualquer uma coisa, mesmo [pausa] no seu ver, com os seus olhos ou não sei o quê, o que achava, dizia: "Tu há-des ir para o doutor.
[23]
Porque tu estás fraco dos pulmões".
[24]
E chegava-se ao doutor,
[25]
era certo.
[26]
[pausa] Sim senhora.
[27]
E Nosso Senhor levou-o;
[28]
Nosso Senhor nunca o havia de ter levado!
[29]
INF E curar feridas e [vocalização] [pausa] então
[30]
E abrir mesmo
[31]
Coisas que pre- que precisava de abrir, ele abria
[32]
e [vocalização] tirava,
[33]
e c-, e e amanhava,
[34]
e ficava ali tudo bom que consolava!
[35]
Teve sorte, coitadinho!
[36]
E Nosso Senhor levou-o.
[37]
Mesmo era muito velho, então também!
[38]
INF Era,
[39]
era velho.
[40]
[pausa] era velho então!

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